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Visita à Rússia deve ficar para 2006

<p>Festas de fim de ano dificultam agenda de líderes no país. Temor é que atraso afete embarques.</p>

Da Redação 14/12/2005 – A missão brasileira que irá a Moscou tentar reverter o embargo russo às exportações de carnes pode ser adiada para janeiro de 2006. A embaixada do Brasil na Rússia enfrenta dificuldades em agendar a audiência, inicialmente prevista para amanhã pelo Ministério da Agricultura. A ausência das autoridades sanitárias responsáveis pelo bloqueio e a proximidade das festas de fim de ano seriam os entraves.

O diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, espera que a data seja definida o mais rápido possível, tendo em vista que os negócios com a Rússia são retomados tradicionalmente na segunda quinzena do próximo mês. ”A idéia era continuar produzindo, com alguns contratos sendo firmados, mas, infelizmente, ficamos nessa angústia”, lamentou Kerber. Segundo o dirigente, as cargas de carne suína inspecionadas até ontem por técnicos russos no Brasil terão autorização para ingressar nos portos daquele país.

Kerber explica que, na semana passada, houve um entendimento equivocado do setor de que os navios em trânsito estariam impedidos de aportar. Conforme o Sips, os técnicos russos atuam nos portos brasileiros de Paranaguá, Imbituba, Itajaí, Santos e Rio Grande. O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, disse que aguarda a confirmação da data da missão. O secretário da Agricultura do RS, Odacir Klein, confirmou presença na delegação.

A superação do impasse com a Rússia é aguardada com apreensão pelo frigorífico da Cotrijuí, em São Luiz Gonzaga. Segundo o diretor-secretário Osmildo Bieleski, metade da produção de um mês espera pela retomada da exportação de suínos. A unidade deve manter o abate normal, mas, na próxima semana, deve haver redução como forma de se adequar à nova realidade. Bieleski ressalta que o embargo impõe novo revés ao setor, praticamente dividindo o ano em seis meses de bom desempenho e seis meses ruins. Ele lembra que o início do ano já foi bastante desfavorável às exportações de carne suína, o que modificou-se a partir de março.