Redação SI 11/08/2003 – O Brasil exportou 39,92 mil toneladas de carne suína em julho, volume 1% maior que o apurado em igual período do ano passado. As receitas, de US$ 42,4 milhões, são 9,5% superiores às registradas em 2002, informa a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
“O volume só não foi maior em razão da greve nos portos. Em situação normal teríamos embarcado 45 mil toneladas”, diz Cláudio Martins, diretor da Abipecs.
No ano, o total embarcado é de 274,73 mil toneladas e as receitas, de US$ 281,8 milhões. O volume é 21% maior que o apurado entre janeiro e julho de 2002 e as receitas, 12% superiores. “Apesar do embargo às importações por parte da Rússia, investimos na conquista de novos mercados. Por isso, o balanço é positivo”, diz Martins.
Menor dependência da Rússia
A Rússia, que historicamente era responsável por 80% das exportações brasileiras, hoje responde por quase 62%. Na semana passada, uma missão veterinária da Rússia esteve visitando 32 frigoríficos catarinenses para averiguar o status sanitário. “Todos os frigoríficos foram aprovados com louvor”, afirma Martins, para quem o Brasil deve embarcar, neste ano, 370 mil toneladas de carne suína para a Rússia. “Vamos chegar ao final de 2003 com o mesmo volume exportado em 2002 para a Rússia”, diz.
Se confirmado, o Brasil deve ficar com 77% da cota global de importações estabelecida por Moscou. Com o objetivo de proteger frigoríficos locais, a Rússia limitou em 480 mil toneladas suas importações de carne suína para 2003.