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Alimentos na esteira

Indústria de alimentos se moderniza e aposta na tecnologia antimicrobiana Microban para obter melhores resultados na linha de produção.

Esteiras modulares para transporte de alimentos, cone de acetal para corte e desosso de aves e bandejas transportadoras de ovos agora contam com uma proteção extra contra microorganismos. A novidade é da empresa brasileira Bumerangue, que em parceria com a Microban, aposta na tecnologia antimicrobiana como aliada no controle microbiológico para alcançar melhores resultados na linha de produção e diminuição dos prejuízos devido às contaminações por bactérias.

A tecnologia antibacteriana Microban tem ação contínua, não sai com procedimentos de limpeza, dura por toda a vida útil dos produtos e age entre as tarefas de higienização, sendo um importante complemento à higiene durante os processos de produção.

A preocupação da Bumerangue com a melhoria da produção através da proteção antimicrobiana se justifica, porque, a tecnologia evita contaminações cruzadas e formação de biofilmes na superfície dos produtos que têm contato direto com os alimentos. Deste modo, os equipamentos destinados aos processadores agem como aliados da higiene e de um controle microbiológico mais eficiente para a indústria alimentícia. Trata-se de uma tecnologia que já é utilizada no mundo inteiro, podendo ser incorporada desde o piso e instalações, até equipamentos e máquinas da cadeia produtiva, como é o caso da Noon Products, maior fabricante européia de pratos prontos étnicos, que possui proteção antibacteriana  Microban® em toda a fábrica.

Porque a Proteção Microban faz a diferença

O controle microbiológico na indústria de alimentos é de extrema importância e toda tecnologia que auxilia neste processo é fundamental. De acordo com publicação de 2006 do Departamento de Tecnologia de Alimentos (DTA), da Universidade Federal de Viçosa, o Ph.D. José Benício Paes Chaves descreve algumas bases para ter alimentos seguros e a importância disto. Ele exemplifica casos como nos anos de 1980 a 1990, em que diversos surtos de E. coli com óbito na Europa e Estados Unidos levaram os sistemas de segurança alimentar, das plantas industriais de alimentos para a legislação e boas práticas de trabalho. Isso fez com que a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), se tornasse obrigatória na cadeia produtiva de carnes em geral em todo o mundo.

Na Europa, desde 2002, regulamentos exigem análises microbiológicas sistemáticas e a adoção de procedimentos de higiene baseados nos princípios da APPCC para operadores e produtores de carnes frescas, aplicando-se inclusive para abatedouros avícolas, produtores de corte de carnes, estabelecimentos de armazenagem a frio e unidades comerciais de embalagens.

Plenamente aceitos e já tidos como prática comum na Europa Ocidental, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia e exigido em outros países que exportam carne, os pré-requisitos da APPCC compreendem as boas práticas agrícolas e de fabricação, procedimentos operacionais padronizados de higienização e rastreabilidade, sendo, portanto, a melhor escolha para gerenciar a segurança dos alimentos, de acordo com regulamentos sanitários das agencias reguladoras dos países desenvolvidos como os da União Européia, Japão e Estados Unidos. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou em 1999 a NBR 14.900 que, também baseada na APPCC, especifica a norma brasileira de certificação da produção de alimentos seguros.

O plano da APPCC foca medidas de controle que reduzem a probabilidade de contaminação dos alimentos por perigos microbiológicos como Salmonella, E. coli O157:H7, Campylobacter e Listeria monocitogenes ao longo da cadeia de produção nas unidades de processamento de produtos de origem animal. Estes microrganismos são contaminadores de animais sadios e que encontram nos processadores de alimentos as condições ideais para proliferação descontrolada.

Ainda de acordo com o Ph.D. José Benício Paes Chaves, “as temperaturas de cozimento são capazes de destruir a maioria das bactérias. Entretanto, os alimentos podem ser manuseados por muitas pessoas antes do cozimento e as bactérias se espalham para outros produtos que poderão não ser necessariamente cozidos antes de seu consumo. As bactérias multiplicam-se muito rapidamente, especialmente em condições de temperatura mais elevada, como 30 °C a 40 °C.”

Sendo assim, superfícies continuamente ativas contra a fixação e o crescimento descontrolado de microorganismos, como no caso dos produtos da empresa Bumerangue, tornam-se muito importantes na cadeia produtiva de alimentos e aliada de um maior controle microbiológico, apesar de não dispensar as práticas normais de limpeza e higiene.