BRF alcançou um lucro líquido de R$ 594 milhões no primeiro trimestre de 2024, marcando o melhor desempenho para este período na história da empresa.
No primeiro trimestre de 2023, a empresa havia registrado um prejuízo de R$ 1,024 bilhão. A recuperação é atribuída a melhores margens e a uma diversificação nas exportações, beneficiadas por novas habilitações de mercado.
O Ebitda ajustado da companhia atingiu R$ 2,1 bilhões entre janeiro e março, comparado a R$ 607 milhões no mesmo período do ano anterior, com a margem ajustada crescendo 11,2 pontos percentuais para 15,8%.
A receita líquida foi de R$ 13,38 bilhões no trimestre, um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior, apesar de uma queda de 1,9% no volume de vendas, que foi de 1,15 milhão de toneladas.
Fabio Mariano, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da BRF, destacou a recuperação de preços em diversos mercados, incluindo Ásia, África, Américas e mercados halal. O CEO Miguel Gularte enfatizou a eficácia do sistema de precificação da empresa e a adição de 24 novos destinos de exportação no trimestre.
No mercado internacional, a empresa registrou uma margem Ebitda de 16,9%, impulsionada por boas performances na Turquia e nos países do Golfo, particularmente durante as celebrações do Ramadã. O Ebitda ajustado internacional cresceu de um valor negativo de R$ 106 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 1,096 bilhão este ano.
No Brasil, a margem Ebitda foi de 15,1%, com o Ebitda ajustado da operação nacional aumentando 81,4% para R$ 931 milhões, impulsionado pela redução de custos, incluindo preços menores para commodities como milho e farelo de soja.
O programa de eficiência operacional da empresa também contribuiu para a geração de R$ 844 milhões em caixa livre. A alavancagem da empresa caiu para 1,45 vezes, o nível mais baixo nos últimos oito anos, com o programa de eficiência BRF+ 2.0 gerando R$ 438 milhões no período.