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Bunge lucra menos no 1º trimestre

Lucro líquido global da Bunge tem forte queda.

Resultados negativos nos segmentos de fertilizantes, açúcar e bioenergia determinaram uma queda expressiva no lucro líquido global da Bunge no primeiro trimestre. Segundo informações da multinacional americana, o ganho ficou em US$ 92 milhões no período, 60,3% a menos que no mesmo intervalo do ano passado.

“Enfrentamos contratempos no primeiro trimestre, como esperado, mas estamos confiantes de que entregaremos bons resultados em 2012”, disse o brasileiro Alberto Weisser, chairman e CEO da empresa. Apesar dos problemas nos segmentos citados, Weisser mostrou-se satisfeito com as áreas de “agribusiness”, que inclui o comércio de grãos, e alimentos.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia ilustra bem o discurso do executivo. Ainda que tenha havido quedas em todas as principais divisões de negócios da Bunge, o resultado trimestral foi de fato negativo apenas em açúcar e bioenergia (US$ 33 milhões) e fertilizantes (US$ 47 milhões). O Ebtida consolidado recuou 56,5% em relação ao primeiro trimestre de 2011.

Conforme Weisser, o problema em açúcar e bioenergia foram as margens menores nos negócios com etanol no Brasil, influenciadas pelo aumento de gastos com estoques. Em fertilizantes, as margens foram pressionadas pelas turbulências financeiras globais, irradiadas sobretudo de países europeus.

Mesmo com essas turbulências, os elevados preços internacionais dos principais grãos garantiram ao grupo um aumento de 10,3% em suas vendas líquidas globais de janeiro a março. Foram US$ 13,4 bilhões, ante US$ 12,2 bilhões em igual trimestre de 2011.

Weisser acredita que as cotações de milho e soja deverão permanecer sustentadas pelo menos até o verão no Hemisfério Norte, já que as colheitas na América do Sul, notadamente na Argentina e no Brasil, foram prejudicadas pela seca causada pelo La Niña na temporada 2011/12.

Mesmo com as quebras, o executivo afirmou que a oferta sul-americana de milho e soja, embora menores que a esperada, serão suficientes para atender à demanda da região, tanto para abastecer os mercados domésticos quanto para alimentar as exportações. Weisser lembrou que os estoques globais seguem apertados e que os preços altos, ainda que voláteis, podem incentivar os agricultores do Hemisfério Norte a semear áreas maiores em 2012/13.