A gigante do agronegócio Cargill anunciou que eliminará o uso de gaiolas de gestação para suínos em suas unidades próprias até 2015 e nas unidades de seus fornecedores contratados até 2017. De acordo com informações do Star-Tribune de Minnesota, a política da Cargill dá continuidade a vários outros anúncios similares de mais de 60 das maiores empresas alimentícias nos EUA que estão divulgando planos de eliminar o confinamento de suínos em gaiolas em suas cadeias de fornecimento.
A Smithfield Foods, maior produtor mundial, já anunciou planos de eliminação de gaiolas de gestação em toda sua cadeia até 2022. A Tyson Foods acredita que os futuros sistemas de alojamento para matrizes devem permitir maior mobilidade ao animal.
Na União Europeia, o confinamento contínuo em gaiolas de gestação é proibido desde 2013. Na Nova Zelândia e na Austrália, essa prática será descontinuada até 2015 e 2017, respectivamente. Nos Estados Unidos, nove estados já possuem legislação restringindo a prática. A Associação de Produtores de Suínos da África do Sul também está considerando uma restrição a partir de 2020. Tal movimento já começa a ter impacto no Brasil. A Arcos Dorados, a maior franqueadora do McDonald’s na América Latina, anunciou este ano que todos seus fornecedores deverão apresentar planos para limitar o uso de gaiolas de gestação para matrizes até o final de 2016. Outras grandes empresas alimentícias que operam no Brasil – como o Compass Group (GRSA no Brasil), Burger King e Subway – já têm políticas para descontinuar o uso de gaiolas em suas cadeias de fornecimento nos EUA e na Europa. Com informações da HSI.