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Coamo investe em armazenagem

Uma das maiores cooperativas da AL vai amenizar a falta de espaço para armazenar grãos de seus cooperados.

A paranaense Coamo, uma das maiores cooperativas agrícolas da América Latina, vai amenizar a falta de espaço para armazenar grãos de seus cooperados. Dos R$ 200 milhões em investimentos aprovados de 2010 até 2012, R$ 170 milhões serão usados na modernização e aumento da capacidade de recebimento de produtos, e R$ 30 milhões para melhorar a frota de veículos e equipamentos. A ampliação da fábrica de esmagamento de soja e fabricação de produtos para o varejo não está prevista.

“Vamos atacar os problemas. Este ano a falta de espaço foi muito grande”, conta o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini. Segundo ele, o custo é elevado, mas necessário. Os investimentos anunciados representam metade do que seria o ideal, explicou o executivo. Hoje, a cooperativa tem capacidade para armazenar 2,83 milhões de toneladas e deve receber durante o ano 5,3 milhões de toneladas. Sem contar que há excedentes da safra passada. Com os recursos previstos, a capacidade será ampliada em 500 mil toneladas.

Para receber a atual colheita de grãos de verão, Gallassini disse que foi preciso arrendar 37 armazéns de terceiros e dois silos infláveis. Mesmo assim, 240 mil toneladas de soja ficaram embaixo de lona, sujeitas a problemas climáticos. De acordo com ele, boa parte do que estava do lado de fora dos armazéns já foi escoado. A cooperativa, que atua no Paraná, Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul, recebeu 3,2 milhões de toneladas de soja, 35% mais que em 2009. O déficit de espaço nas 43 unidades em que foram aprovadas ampliações e construções de silos e armazéns foi de 15 milhões de sacas.

A Coamo vai recorrer a financiamentos para fazer parte dos investimentos e também deve usar recursos próprios (cerca de 20%). Dos R$ 200 milhões previstos, R$ 110 milhões devem ser usados ainda em 2010. A cooperativa teve receitas de R$ 4,670 bilhões em 2009. Gallassini não informa o faturamento esperado para 2010. Ele reclama que, embora os volumes tenham sido maiores até agora, os preços caíram.