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Cobb-Vantress investe no Brasil

Cobb-Vantress investe R$ 35 milhões para ampliar capacidade de produção no país.

Cobb-Vantress investe no Brasil

Uma das maiores empresas do mundo em genética avícola, a Cobb-Vantress, controlada pela americana Tyson Foods, vai investir cerca de R$ 35 milhões para ampliar seu parque produtivo no Brasil. Com 75% do mercado nacional de reprodutoras (matrizes) de frangos, a divisão brasileira da Cobb-Vantress iniciou a construção, em Itapagipe (MG), de sua mais nova granja que ajudará a transformar o país em importante plataforma de exportações.

Fundada em 1916 e presente em mais de 80 países, a Cobb chegou ao Brasil em 1995. Com sede em Guapiaçu (SP), a companhia atua em cinco Estados e possui dez granjas, sendo duas delas para a produção de avós e o restante para a de matrizes – a empresa importa a geração de bisavós dos EUA e da Europa. Juntas, as dez plantas têm capacidade para alojar 37,5 milhões de aves por ano.

Quando estiver concluída, a granja de avós de Itapagipe, a 11ª unidade da Cobb, será responsável por 8% do total de matrizes alojadas no país, cerca de 3,5 milhões de aves, afirmou ao Valor o diretor-geral da empresa no país, Jairo Arenázio. A unidade deve entrar em operação dentro de 18 meses, segundo o executivo.

“Esse investimento será feito vislumbrando o crescimento da avicultura brasileira”, disse Arenázio. Segundo ele, o número de aves alojadas deve avançar de 3% a 5% ao longo dos próximos cinco anos. “Existe uma tendência clara de crescimento do consumo nacional de proteína animal”, acrescentou.

O executivo explica que a opção pelo município mineiro, onde a Cobb-Vantress possui uma granja de bisavós, foi motivada pelas condições sanitárias que a região possui. “Itapagipe não tem população avícola. Só a Cobb está presente lá, o que minimiza o risco de doenças”, afirmou Arenázio. Nos anos 1990, a leucose, enfermidade que reduz a produtividade das matrizes, fez com que a Hubbard, uma das principais companhias de genética avícola do mundo, deixasse o Brasil. A empresa só retornaria em 2010.

Além da baixa densidade avícola, explica Arenázio, a disponibilidade de mão-de-obra em Itapagipe também foi um atrativo. “Nosso setor é intensivo em mão-de-obra”, ressalta, citando os custos cada vez mais elevados e a escassez de trabalhadores no país.

Arenázio acrescenta ainda que o investimento na ampliação da capacidade da Cobb, fornecedora de importantes players como BRF- Brasil Foods e Marfrig, poderá ajudar a alavancar as exportações da companhia, ainda tímida. “A Cobb-Vantress quer fazer da Cobb Brasil uma forte plataforma de exportação de matrizes”, afirmou ele.

Nos últimos dois anos, a divisão brasileira da empresa dobrou suas exportações que totalizaram 2,5 milhões em 2011. “A ideia é fazer a multiplicação de genética no Brasil para ser distribuída na América do Sul, disse o executivo. Atualmente, a Cobb-Vantress no Brasil exporta para Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Uruguai e Europa.

Principal exportador e terceiro maior produtor mundial de carne de frango, o Brasil é responsável por aproximadamente 27% do faturamento da Cobb-Vantress. A empresa não divulga os dados globais e regionais de faturamento.