Correspondente a 5% da carne consumida nos Estados Unidos, a produção livre de antibióticovem ganhando espaço no mercado norte-americano e desde 2014 as vendas já cresceram 23%. O interesse por esse tipo de produto tem se intensificado e pressionado os produtores em atender a demanda. Exemplo é uma famosa rede norte-americana de fast food que anunciou a produção de hambúrgueres de frango somente com matéria-prima sem uso de antibióticos. Movimentando os debates sobre o futuro da indústria de proteína animal, o tema foi destaque no Café da Manhã Anual da Alltech, durante a International Production & Processing Expo (IPPE), principal feira de negócios do mundo para o setor, realizado em Atlanta, na Georgia (EUA).
Com 20 anos de experiência na implementação de programas livres de antibióticos no mundo, o professor dr. Stephen Collett, associado da Poultry Research Center, da Universidade da Georgia, compartilhou durante o evento sua estratégia de gestão de saúde digestiva que maximiza o bem-estar das aves, sua assimilação de nutrientes e seu desempenho. “O nosso objetivo número um é acelerar o desenvolvimento da flora intestinal do animal, tornando-o um sistema maduro”, disse Collett. “A segunda prioridade é reabilitar a saúde do intestino grosso”. O professor discutiu principalmente como gerenciar esse desafio controlando a coccidiose, histomonose e cochlosoma sem antibióticos.
“O progresso é muito lento, entretanto grandes empresas vêm fazendo uso dessas tecnologias atingindo bons resultados”. Collett disse que o principal desafio é motivar o pensamento no setor. “Mudar um paradigma de 60 anos de uso de antibióticos é muito difícil. Como uma voz solitária por algum tempo, eu poderia ter me desmotivado”.
Solução
O programa utilizado por Collett para reabilitar e acelerar a evolução da microbiota intestinal atua em três frentes. Entre elas, na microbiologia intestinal, fixando bactérias patógenas gram negativas (E. coli y Salmonela). Outro ponto é na morfologia intestinal, aumentando o tamanho das vilosidades intestinais com repercussão positiva na conversão alimentícia melhorando a capacidade de absorção dos nutrientes. E o último aspecto é da imunidade celular e humoral, fazendo com que o animal responda melhor aos desafios de enfermidades e as vacinas com qualidade de resposta de proteção.