O Instituto Centro de Vida (ICV), a JBS e um grupo de organizações lançaram nesta quarta-feira o Programa Novo Campo. O projeto tem por objetivo promover práticas sustentáveis em fazendas de pecuária na Amazônia, melhorar seu desempenho econômico, social e ambiental, contribuir para reduzir o desmatamento, conservar e recuperar os recursos naturais e fortalecer a economia local.
O Programa Novo Campo é resultado de um projeto piloto iniciado em 2012, que apresentou resultados bastante positivos, como a redução da idade de abate dos animais de 44 para 36 meses para machos e de 34 para 26 meses para fêmeas, o aumento de 155% na produtividade, de 4,7 para mais de 12 arrobas por hectares ao ano, bem como a melhoria da qualidade da carne e da renda dos produtores.
O projeto promove a gestão integrada da propriedade rural, com a adoção progressiva das Boas Práticas Agropecuárias (BPA) para Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O Novo Campo será implantado na região de Alta Floresta, em Mato Grosso, englobando os municípios de Carlinda, Paranaíta, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes e Apiacás, além de Cotriguaçu, localizado na região noroeste do estado.
Para participar, o pecuarista precisa estar em dia com suas questões ambientais e trabalhistas e contratar uma assistência técnica credenciada pelo programa. Para incentivar o investimento dos produtores, a JBS dará preferência a compra dos animais provenientes do projeto, oferecendo uma bonificação sobre o preço de mercado da arroba, desde que as carcaças se enquadrem no protocolo de qualidade da companhia.
“A JBS acredita ser possível produzir um gado de qualidade e de forma sustentável dentro do bioma Amazônia. A pecuária brasileira não precisa mais expandir suas as áreas de pastagens para crescer a produção, basta que toda a cadeia produtiva trabalhe de forma conjunta, com aumentos de produtividade, para garantir resultados positivos para todos os seus elos”, afirma Márcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS.
O Programa Novo Campo tem a parceria da Embrapa, dos Sindicatos Rurais de Alta Floresta e de Cotriguaçu, do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), da organização holandesa Solidaridad e da empresa multinacional de carnes JBS S.A. Conta com o apoio financeiro do Fundo Vale, da Fundação Moore, do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (Gtps) e da Cooperação da Noruega (Norad).