As gigantes da indústria de carnes JBS e Tyson Foods concordaram em pagar um total de US$ 127,2 milhões para resolver uma ação trabalhista que as acusava de suprimir os salários de seus funcionários nas fábricas de processamento nos Estados Unidos. A resolução foi reportada inicialmente pela Reuters, destacando o acordo como um passo importante na disputa legal que envolvia alegações de práticas anticompetitivas pelas duas empresas.
Representando trabalhadores de 140 unidades de processamento, as ações judiciais alegavam que JBS e Tyson mantinham de forma artificial os salários baixos, compartilhando dados confidenciais de remuneração através de pesquisas e reuniões, em violação às leis antitruste. O processo, julgado em um tribunal estadual do Colorado, exigiu que as empresas disponibilizassem dados e documentos relevantes, além de depoimentos sobre a compensação dos trabalhadores.
Pelo acordo, a JBS, líder mundial na produção de carne bovina, se comprometeu a desembolsar US$ 55 milhões, enquanto a Tyson, com sede nos EUA, arcará com US$ 72,25 milhões. Ambas as companhias, que até o momento não responderam aos pedidos de comentários da Reuters, negaram as acusações, reiterando que não admitem qualquer ato ilícito como parte do acordo.
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Este caso também envolveu outras empresas do setor, como a Perdue, que anteriormente havia concordado em pagar US$ 1,25 milhão, e a Seaboard Foods juntamente com a Triumph Foods, que juntas somaram US$ 10 milhões em acordos para encerrar suas participações no litígio.
Os advogados representando os trabalhadores enfatizaram a importância do acordo, argumentando que “o valor de uma recuperação imediata supera a mera possibilidade de um alívio futuro após um processo judicial longo e dispendioso.” Este acordo marca um momento significativo na luta contra práticas de remuneração injustas no setor de processamento de carnes nos Estados Unidos.
