Após a divulgação dos resultados dia 13 de agosto de 2012, nesta terça-feira, dia 14 de agosto de 2012, os executivos da Kepler Weber S/A (BM&FBovespa: KEPL3) comentaram os números do trimestre e o acumulado durante teleconferência para a imprensa.
Nestes seis primeiros meses do ano, a Companhia apresentou um lucro líquido de R$ 4 milhões, o que, no acumulado do ano, representa um aumento de 30,4% em relação ao mesmo período de 2011.
A receita líquida da Kepler Weber atingiu R$ 73,5 milhões neste segundo trimestre. O lucro bruto se manteve em R$ 14,7 milhões, 4,4% abaixo dos R$ 15,4 milhões apresentados no mesmo período de 2011. Já o resultado do EBITDA foi de R$ 7 milhões, com margem de 9,5%, ante R$ 10,3 milhões obtidos no ano passado, com margem de 12%.
Os resultados da Companhia no primeiro semestre são, sob vários quesitos (Lucro Bruto, Lucro Líquido e EBITDA), superiores aos do mesmo período de 2011. “Em grande parte, eles foram positivamente impactados pela performance excepcional observada no primeiro trimestre do ano, quando foram entregues e faturados pedidos registrados em 2011”, explica o vice-presidente, Olivier Colas.
O executivo destaca o bom momento vivido pelo agronegócio brasileiro, mas salienta que neste segundo trimestre as decisões de investimentos por parte dos produtores foram impactadas pela seca observada no Paraná e no Rio Grande do Sul na virada do ano passado para 2012 e pela recente deterioração da economia mundial.
Para Colas, o contexto ainda é favorável à demanda por equipamento de armazenagem agrícola, mesmo com o decréscimo da produção brasileira de grãos prevista para a safra 2011/2012. “O preço das commodities agrícolas e a demanda mundial por grãos continuam bem orientados. Além disso, o Governo Federal reforçou suas políticas de apoio através do Plano Brasil Maior”, afirma positivamente.
Segundo ele, este cenário, combinado com a desvalorização do real frente ao dólar americano observada nos últimos meses, reforça a competitividade da empresa na exportação, criando condições de sustentação da atividade da Kepler Weber este ano, frente ao mercado que se apresenta.
Colas também avalia o “outro lado da moeda” e alerta que, após três anos de investimentos altos e crescentes por parte dos maiores produtores e cooperativas, nota-se uma pausa no ritmo de aquisição ou ampliação das unidades de armazenagem de grãos no Brasil. “Com a desaceleração das economias mundial e brasileira, alguns setores agrícolas mostram-se mais cautelosos nas suas decisões de investimentos”, define, e completa: “A atividade para 2012 apresenta-se ainda sustentada, porém, está aquém de 2011”.