A Sementes Agroceres, uma das marcas do grupo Monsanto, lança nos meses de maio, junho e julho três híbridos de milho para a safra 2010 e safrinha 2011. Duas das tecnologias, voltadas para a Região Sul, oferecem resistência a doenças foliares e tolerância ao pulgão. A outra, voltada para o cerrado, é resistente às lagartas do cartucho, da espiga e a da broca asiática e europeia.
De acordo com Thais Bechir, analista de Marketing da empresa, a partir do próximo mês, quando se inicia o período de decisão de investimento por parte do produtor, as novas sementes já estarão disponíveis no mercado. “Os híbridos possuem alto potencial para aumentar a produtividade por hectare”, diz.
Estudo da Céleres mostra que ao longo de mais de 30 anos, das safras de 1976/1977 até a de 2008/2009, a produtividade nas lavouras de milho brasileiras avançaram 105,88%, passando de 1,7 mil quilos por hectare para 3,5 mil quilos por hectare.
De acordo com Bechir, o milho YieldGard VT PRO AG 8061, para os cerrados, produz duas proteínas inseticidas do Bt (Bacillus thuringiensis), que podem evitar danos causados pelas lagartas, que se alimentam das folhas da planta do milho.
Elas acabam ingerindo as proteínas que atuam diretamente nas células epiteliais dos tubos digestivos. “Dependendo da infestação, as lagartas podem comprometer a produção em até 40%”, diz. A analista disse que o milho VT PRO, permite uma área de refúgio de 5%.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a área de refúgio é a semeadura de 10% da área cultivada com milho transgênico, com híbridos convencionais, de mesmo porte e ciclo.
O novo híbrido AG 8041, de acordo com Bechir, oferece uma performance produtiva potencializada, com resistência a doenças e tolerância a pulgão, para plantio antecipado no verão e na safrinha da Região Sul. Como a AG 8041, a tecnologia AG 8022 YG é recomendada para plantios em altitudes e climas da Região Sul.
A Monsanto, uma das gigantes do setor, pretende até 2030 dobrar a produtividade das sementes de milho, soja e algodão, além de reduzir em um terço a quantidade de recursos naturais, como água, energia e insumos agrícolas utilizados para o cultivo de plantas por unidade produzida.
Em 2009, o grupo investiu no mundo US$ 1 bilhão em pesquisas e desenvolvimento de novos produtos. No Brasil, o montante foi de R$ 132 milhões. Um incremento de 123,73% se comparado ao total destinado a pesquisa no Brasil em 2008, quando a Monsanto investiu R$ 59 milhões no estudo de novas tecnologias. “A Sementes Agroceres possui mais de 30 produtos de milho e sorgo no mercado”, comenta Bechir.
Além de focar na ampliação da colheita futura, a Sementes Agroceres também está de olho na geração de agricultores do futuro.
A empresa lançou, este ano, um projeto pedagógico piloto direcionado aos filhos dos produtores. “Um novo projeto para outros públicos está em desenvolvimento”, adianta Bechir.
A ideia do primeiro programa é informar crianças sobre o universo do milho, por meio do personagem Emilio. “Com a ação, esperamos contribuir para educar a próxima geração de agricultores que utilizarão as tecnologias disponibilizadas pela marca”, afirma Tiago de Biase, gerente de Marketing da Sementes Agroceres.
Embrapa
A unidade da Embrapa, Milho e Sorgo, localizada em Sete Lagoas, Minas Gerais, apresenta na feira Ciência para a Vida 2010, que tem início hoje, em Brasília, quatro cultivares de milho (três híbridos e uma variedade), e quatro híbridos de sorgo para corte e pastejo e produção de grãos.
Um dos diferenciais de uma dessas cultivares, o BRS 810, é a presença de um gene que oferece mais digestibilidade e melhor conversão alimentar, com ganhos em produção de carne e leite na pecuária bovina.
Além das sementes, a Embrapa também aposta na educação infantil com o lançamento do Jogo do Milho, cujo objetivo é mostrar a crianças e adolescentes a importância da pesquisa agropecuária. Uma cartilha acompanha o jogo, onde se faz um breve histórico sobre a origem e a função do melhoramento genético no desenvolvimento da planta.