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Novus debate experiência europeia no controle de salmonella

Especialista apresenta ferramentas no controle de salmonella e estratégias usadas na Europa para evitar perda de desempenho com retirada de antibióticos promotores de crescimento.

Novus debate experiência europeia no controle de salmonella

O uso de blends de ácidos orgânicos pode contribuir não só para melhorar o desempenho no campo, como também no controle de patogênicos em aves e suínos, defendeu a médica veterinária e gerente de Produto Global para Ácidos Orgânicos e Óleos Essenciais da Novus Internacional, Laura Muñoz.

A especialista destaca que o uso de ácidos orgânicos já é uma realidade no mercado europeu e esta experiência mostrou que o uso de blends é mais eficaz em relação ao uso de ácidos orgânicos únicos. “É uma estratégia que permite reduzir a quantidade de ácidos na ração, além de melhorar sua eficácia”, ressaltou.

A restrição do uso de antibióticos promotores de crescimento na produção animal na Europa levou aquele mercado a recorrer a estratégias nutricionais para minimizar o impacto da medida. Neste contexto, ácidos orgânicos e óleos essenciais ganharam um grande espaço. “O Brasil tem similaridades com o mercado europeu em relação às crescentes limitações no uso de antibióticos, na possível perda de desempenho e em desafios no controle de enterobactérias, tais como Salmonella na avicultura”.

Uso de ácidos orgânicos no controle de salmonela
Muñoz defende uma aplicação de blends de ácidos orgânicos na primeira semana de vida dos frangos e outra na última fase de produção. “A utilização na primeira semana é importante porque o estabelecimento de uma microbiota gastrointestinal desejável começa neste período”. O uso nos últimos dias pré-abate é importante porque é o momento em que retiramos alguns aditivos e a densidade por quilo de ave viva. Com essa aplicação, reduzimos a carga bacteriana das aves ao chegarem ao abatedouro e a contaminação de carcaças”. A aplicação nos últimos dias de vida tem aumentado sua popularidade no Brasil, no entanto a aplicação nos primeiros dias é menos comum.

Muñoz discutiu resultados de experimentos realizados em granjas comerciais, mostrando o benefício do aditivo de ambas aplicações. Dados gerados com Salmonella heidelberg mostraram que ácidos orgânicos podem reduzir a contaminação de aves doentes para aves sadias quando ambas aves convivem no ambiente do galpão. A especialista apresentou vários protocolos ou recomendações de uso que podem ser eficientes, desde aplicações de ácidos livres na água, ácidos livres na ração, e combinações de ácidos livres misturados com protegidos via ração.

Ácidos orgânicos para melhorar desempenho
Na Europa, onde promotores de crescimento antibióticos não são usados, a estratégia recomendada de aplicação para melhorar desempenho e reduzir enterite é através de blends de ácidos livres em conjunto com ácidos orgânicos protegidos, explica Muñoz. “Este é um programa completo porque os ácidos livres protegem a ração ou a água, dependendo da via de administração, e a primeira porção do trato gastrointestinal. Já os ácidos protegidos exercem seu efeito no trato gastrointestinal posterior.

A especialista defende que os programas nutricionais apresentados têm sido usados com sucesso em países europeus e podem ter impacto positivo na produção brasileira. “A utilização de ácidos orgânicos na produção brasileira pode contribuir com uma melhora na rentabilidade do produtor.

Laura Muñoz ministrou a palestra “Ácidos orgânicos na alimentação de monogástricos” durante o II Congresso Sobre Aditivos na Alimentação Animal, organizado pelo Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), em Campinas.