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Tendências

Nutrir não é suficiente

Especialista em consumo afirma que o consumidor atual quer alimentos que incluam benefícios que vão além do fator nutricional.

Nutrir não é suficiente

Marlene Bregman, vice-presidente de Negócios Corporativos da Leo Burnett.São muitas as tendências que fazem a cabeça do consumidor moderno. De acordo com Marlene Bregman, vice-presidente de Negócios Corporativos da Leo Burnett, o setor de alimentos deve oferecer muito mais do que um produto que supra as necessidades nutricionais do ser humano. Ela ministrou palestra sobre todas as mudanças comportamentais que envolvem o mercado consumidor brasileiro no 1º Interfeed, fórum empresarial promovido pelo Sindicato da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) entre os dias 11 e 12 de maio no hotel Renaissance, em São Paulo (SP).

Sua apresentação comparou a evolução do papel da mulher nos dias atuais e os novos expoentes de consumo. Marlene afirma que o consumidor de hoje busca equilíbrio de corpo e alma (assim como a mulher de hoje). “O setor de alimentos deve oferecer produtos que comprovem sua saudabilidade e tragam algum benefício extra, humano ou sócio-ambiental”, explica. “A mulher moderna tem papel fundamental na escolha dos produtos que entram no lar. Ela se distanciou da comodidade do passado e está muito mais ativa, influenciando a mentalidade da família”.

Seguindo esta linha de raciocínio, a palestrante observou o crescimento substancial das vendas em três nichos alimentícios específicos. São eles os “superalimentos”, os “pós-orgânicos” e os “menos é mais”.

Os superalimentos, de acordo com Marlene, são aqueles funcionais. “Um iogurte que regula o intestino, um leite com ômega 3 que beneficia o coração, são produtos com propriedades especiais”, explica. Ela prevê uma união dos setores farmacêuticos e alimentares para desenvolvimento deste tipo de produto. “É uma tendência natural, este mercado é muito promissor”.

Segundo Marlene, os alimentos pós-orgânicos são aqueles em que são atribuídos valores éticos. Ela diz que estes alimentos são produzidos sem degradação do meio ambiente, ou sem utilização de suplementos artificiais para manter a qualidade do produto. “A empresa que oferece um pós-orgânico deve atuar de forma transparente”, pondera.

Já os alimentos “menos é mais”, explica Marlene, focam o conteúdo nutricional. “O consumidor sabe o que quer e principalmente o que não quer em seu alimento”, pontuou. “Neste caso, o valor calórico e a quantidade de nutrientes são decisivos na hora da compra deste tipo de produto”.

Sustentabilidade – Marlene concluiu sua palestra dizendo que a sustentabilidade vai se tornar o movimento social mais importante de todos os tempos. “Os benefícios de um produto não estão resumidos apenas ao seu consumo”, disse. “O consumidor enxerga as ações sociais e ambientais de uma empresa como um fator relevante de compra”.

Ela afirma que os certificados que atestam a qualidade dos produtos ou as ações sustentáveis da empresa são muito desejados. “O brasileiro gosta!”.