A nutrição avícola teve avanços significativos nos últimos 50 anos, com a introdução de análise de ingredientes, formulação de menor custo e o advento de uma multiplicidade de aditivos, incluindo as enzimas.
Para o futuro, os próximos dez anos serão essenciais para promover novos desenvolvimentos com mudanças nas práticas da indústria, aumento da concorrência e crescente pressão dos consumidores. Espera-se que as empresas de alimentação reduzam sua dependência de antibióticos, ao mesmo tempo em que mantêm a eficiência da produção, nos movendo para um grau cada vez maior de precisão no fornecimento de nutrientes com uma contaminação mínima antinutriente.
“Cumprir os requisitos de nutrientes das aves com precisão incessante, sem sobre ou sob fornecimento, é fundamental para manter a eficiência da produção. No entanto, saber como fazer isso significa conhecer muito mais sobre os ingredientes que estão sendo usados nas formulações de dieta, incluindo milho, soja ou mesmo todas as matérias-primas. Formular dietas para atender requisitos ambientais precisos significa que menos recursos são desperdiçados, melhor será a qualidade intestinal e os frangos de corte podem ser alimentados de forma mais eficiente”, revela Mike Bedford, Diretor de Pesquisa da AB Vista.
Dentro do setor de enzimas como um todo, os efeitos secundários são vistos no futuro como sendo de igual importância aos efeitos primários – a liberação de inositol sendo um exemplo. Compreender que existem diferenças marcantes entre os produtos e a forma como eles atacam o substrato é importante e destaca a importância da melhor maneira de avaliar os produtos.
A AB Vista, empresa de tecnologia em nutrição animal já vem trabalhando nas mudanças necessárias que devem ser realizadas, como a análise de ingredientes em tempo real, o que permite que os nutricionistas assegurem que as dietas que estão sendo fabricadas forneçam os nutrientes necessários. Avanços recentes na tecnologia de espectroscopia de infravermelho próximo (NIR) significam que uma análise mais aprofundada de matérias-primas agora é possível – ajudando, por sua vez, a melhorar a aplicação de enzimas e a formulação de alimentos.
“Com os níveis do antinutriente fitato variando não apenas entre os alimentos, mas dentro de uma única matéria-prima, o NIR confere aos nutricionistas a confiança de que existe um substrato suficiente sobre o qual uma enzima fitase pode atuar. Onde os níveis mais elevados de fitato são detectados, os produtores podem usar doses mais elevadas de fitases eficientes, aumentar a disponibilidade de fosfato e reduzir o efeito antinutritivo do fitato de forma mais eficaz. Isso permite que os produtores aproveitem as oportunidades de ganho incremental que de outra forma poderia ter sido perdido ou não realizado”, completa Bedford.
Uma identificação melhor e mais rápida de antinutrientes importantes que vão desde micotoxinas, polissacarídeos não amiláceos (PNA) e o fitato; deve desempenhar um papel fundamental no futuro da indústria avícola – e um bom exemplo disso é a forma como as empresas mudaram com relação à aplicação de enzimas alimentares, como a fitase.
“Com essas mudanças nos mercados globais, as empresas estão examinando uma variedade de maneiras pelas quais os ganhos incrementais podem ser alcançados para garantir uma vantagem competitiva e uma rentabilidade contínua”, conclui Bedford.