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Reciclagem Animal

Recolhimento de carcaças é debatido em nova reunião

Recentemente, a Cbrasa, empresa que realiza o programa piloto de coleta de carcaça, manifestou interesse em paralisar o serviço por conta de pagamentos

Recolhimento de carcaças é debatido em nova reunião

.Prefeitos da Amauc, representantes de agroindústrias, Embrapa, sindicatos e associações de agricultores se reuniram na manhã desta quarta-feira, dia 04, para debater novamente o problema do recolhimento da carcaça animal na região e tentar encontrar alternativas para que o serviço não seja suspenso. Recentemente, a Cbrasa, empresa que realiza o programa piloto de coleta de carcaça, manifestou interesse em paralisar o serviço por conta de pagamentos.

Durante o encontro, a Embrapa apresentou o projeto Tecnologias para destinação de animais mortos (TEC – DAM), com o objetivo de orientar quanto ao procedimento operacional, além, de apresentarem como funciona o projeto Piloto, realizado pela Cbrasa. Um consentimento foi que o projeto tem que ter continuidade. Dentro dele, o problema é uma forma de a empresa viabilizar o serviço financeiramente.

Conforme o presidente da Amauc, prefeito Kleber Nora, duas alternativas foram analisadas para dar continuidade ao serviço. “Vamos trabalhar em duas frentes. A primeira é buscar a empresa e fazer propostas para que a continuidade do serviço permaneça. Por outro lado nós vamos trabalhar no sentido de que o projeto tenha viabilidade. Sabemos que a duração dele é até março do ano que vem, vamos encaminhar pedido de prorrogação do prazo e talvez viabilizar a abertura do comércio dos produtos deste serviço, o que sustentaria a empresa”, explica.

Município pagaria pelo serviço

Atualmente, os municípios estariam dispostos a realizarem o pagamento do serviço, mas a legalidade não permite. Desta forma os próprios agricultores pagariam pelo recolhimento, mas a Cbrasa opta pelo pagamento a partir do poder público. “A informação que a gente tem é que não existe resistência por parte do produtor em pagar. O problema está na empresa efetuar um sistema de cobrança. O que entendemos é que seria mais fácil para a empresa é que o poder público fizesse o pagamento”, diz, lembrando que o pagamento por parte do município não é legal.

Se o projeto-piloto de recolhimento das carcaças não seguir adiante, em março do próximo ano ele termina. Conforme Nora, há apenas uma opção caso isso ocorra. “Existe hoje os sistemas de composteiras individuais, cada propriedade necessita ter uma composteira. Eu acredito que, não sendo viável o projeto, com certeza vai se trabalhar no sentido de individualizar as composteiras”, comenta.

Viabilizar a comercialização e exportação da farinha oriunda do material recolhido é uma atitude que demanda de empenho político, conforme a Amauc. Representantes do Sindicarne, que estiveram na reunião, já estão trabalhando neste sentido de alinhavar um trabalho político para legalizar a comercialização e fazer com que a Cbrasa dê continuidade aos serviços e se sustente.