A Cargill Agrícola, responsável pelas operações da múlti americana no Brasil, divulgou ontem um expressivo crescimento do seu resultado líquido em 2011. O ganho foi de R$ 223 milhões, 142% mais que no ano anterior.
O volume movimentado pela empresa a partir do Brasil cresceu 15% em 2011, para 22 milhões de toneladas – entre produtos originados, comercializados e processados. Do volume total, 75% foram destinados à exportação e 25% ao mercado interno.
O Brasil é uma das mais importantes plataformas de exportação da multinacional americana, a maior companhia de agronegócios do mundo, e as receitas da divisão brasileira com embarques cresceram 32% no ano passado, para R$ 14 bilhões.
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A empresa informou que seu endividamento subiu 23%, devido aos elevados investimentos realizados ano passado. “Os dois maiores investimentos da empresa no país, em 46 anos de atuação, aconteceram em 2011”, informou a Cargill em seu balanço.
São eles a aquisição do negócio de tomates da Unilever, por R$ 571 milhões, e a joint venture com o Grupo USJ para a criação da SJC Bioenergia. Nesse último negócio, a Cargill, que tem 50% da nova empresa, realizou um aporte de R$ 350 milhões e a USJ entrou na parceria com as usinas de Goiás (uma em operação e outra em construção). A SJC Bioenergia tem capacidade para processar 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. No acordo, foram transferidos à nova empresa R$ 1 bilhão em dívidas que eram do grupo USJ.
Em 2011, o passivo da Cargill Agrícola com empréstimos e financiamentos avançou 38% para R$ 4,3 bilhões. Desse total, R$ 359 milhões estão no curto prazo.
Além de processar, comercializar e negociar globalmente soja, açúcar, algodão e outros grãos, a Cargill Agrícola também produz ingredientes alimentícios, amidos, adoçantes, chocolates, além de óleos refinados, molhos para salada, maionese e molhos de tomate.
