A nutrição dos suínos está em pauta nas últimas semanas, devido ao aumento dos preços dos grãos, como soja e milho. De acordo com o nutricionista da TOPIGS do Brasil, Dr. Bruno Silva, os custos com a alimentação tem representado cerca de 70% dos custos variáveis na produção de suínos. “Vale levar em consideração que para a maioria dos produtores, estes valores atualmente são mais altos e o que acarreta a procura de novas alternativas de nutrição”.
As soluções apresentadas pela TOPIGS do Brasil são: utilizar matéria-prima alternativa e adotar programas de nutrição de precisão. “Com o conhecimento acumulado decorrente dos estudos realizados com suínos, nos últimos anos, tem sido possível separar as exigências dos animais por fase de produção, por sexo, por rendimento corporal, por linhagem genética, por estação do ano, por ambiente e por condição sanitária, o que colabora muito para adequarmos às novas composições de ingredientes”. Dr. Bruno explica que a adoção de ingredientes alternativos é uma estratégia lógica para os produtores de suínos, entretanto, disponibilidade, competitividade do custo, manejo e armazenamento, fatores antinutricionais e determinação dos valores nutricionais corretos são, na maioria das vezes, os grandes obstáculos que devem ser vencidos antes que um ingrediente alternativo possa ser utilizado com sucesso.
Dr. Bruno lembra que todas essas informações devem ser submetidas às condições de cada produtor. “Certas particularidades devem ser respeitadas para que o programa de nutrição seja eficiente e rentável”.
Ferramentas determinantes
De acordo com Dr. Bruno, para que a nutrição de precisão seja utilizada de forma adequada, são necessárias duas fases: disponibilidade de resultados de composição nutricional dos ingredientes mais utilizados e de ingredientes alternativos recebidos para a formulação das dietas que serão enviadas aos animais e utilização dos modelos não lineares de formulação de ração, que são ferramentas indispensáveis para o emprego do conceito da nutrição de precisão.
Fontes alternativas de matérias primas
Segundo o nutricionista, os substitutos mais comuns do milho são: o sorgo, trigo e cevada e também produtos da indústria alimentícia humana (biscoitos, produtos lácteos), os óleos vegetais (milho, soja, girassol, canola etc.) e subprodutos resultantes da produção de etanol, como os DDGS, também podem ser utilizados como fonte primaria de energia nas dietas para suínos. Já, para substituir a soja, são utilizados: aminoácidos sintéticos, farelo de carne e ossos, farelo de peixe, farelo de canola, farelo de ervilhas do campo, farelo de algodão, farelo de amendoim, caseína, farelo de girassol, leite desnatado, levedura de cerveja, farelo de mamona, farinha de sangue, plasma sanguíneo, farinha de vísceras de aves e suínos.
Genética TOPIGS
“Também podemos concluir que os suínos da genética TOPIGS são mais robustos, tem maior vitalidade e apresentam um trato gastrointestinal capaz de digerir com maior eficiência e com melhor aproveitamento fontes de matérias primas alternativas sem comprometer o desempenho final. Melhores eficiência e coeficientes de digestibilidade dos alimentos nas linhas e raças são prioridades dentro do programa de seleção da TOPIGS“, finaliza Bruno.
Bruno Silva
Bruno é mestre em bioclimatologia animal pela Universidade Federal de Viçosa – UFV, doutor em bioclimatologia e nutrição de suínos pela Universidade Federal de Viçosa – UFV e pelo Institut National de la Recherche Agronomique – INRA (França) e pós-doutorado em Nutrição de suínos pela Universidade Federal de Viçosa – UFV. Atualmente é pesquisador em nutrição de suínos da TOPIGS Research Center IPG (Holanda) e gerente/nutricionista de suínos da TOPIGS Internacional. O profissional também é responsável pelo programa nutricional da TOPIGS nas Américas (norte, central e sul) e Região Franco-Ibérico na Europa (Espanha, Portugal e França).
A TOPIGS
Líder na Europa e presente em mais de 50 países, a TOPIGS é uma das maiores empresas de melhoramento genético de suínos do mundo. A atuação global da companhia combinada com a experiência em genética e reprodução permite manter um melhoramento genético contínuo e sustentável, permitindo aos clientes obter os melhores resultados produtivos e financeiros. São 60 anos de melhoramento genético a serviço da suinocultura mundial, cujo objetivo não é simplesmente produzir o melhor suíno, mas o melhor suíno que ofereça também o menor custo de produção.