Uma pesquisa encomendada pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e realizada pelo Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado (Ceap), com 2.869 famílias de todo o Brasil, constatou que em 100% desses domicílios consome-se carne de frango. O ovo está presente na dieta alimentar de 99% das famílias entrevistadas, contra 98% da carne bovina, 96% da carne de peixe e 74% da carne suína.
Os resultados mostraram também que 85% das famílias entrevistadas consideram o frango uma carne saudável. E a maioria das famílias (58%) a consome pelo menos duas a três vezes por semana.
“A pesquisa comprova que a carne de frango tornou-se definitivamente um hábito alimentar do brasileiro por ser não apenas uma proteína animal barata, mas, principalmente, por representar um alimento saudável e nutritivo”, destacou o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra.
A pesquisa foi realizada entre novembro de 2011 e fevereiro deste ano, com famílias das principais cidades de todas as cinco regiões brasileiras. Os entrevistados tinham entre 18 e 65 anos de idade, representavam todas as classes sociais (de A a E) e de variados graus de instrução.
Preferência pelos cortes
Dos entrevistados, 47% consomem cortes de frango, 20% preferem frango inteiro e 33% compram tanto frango inteiro quanto em cortes.
A coxa e a sobrecoxa são os produtos mais consumidos pelas famílias do Sul, Sudeste e Centro Oeste, e também nas classes A e B, enquanto a preferência no Norte e Nordeste, é pelo frango inteiro, o mesmo ocorrendo nas classes C, D e E.
Quanto ao grau de instrução, os consumidores com curso superior completo preferem os cortes mais nobres, como o filé de frango (56%). Mas 51% dos entrevistados que cursaram até a terceira série do ensino fundamental informaram consumir coxa e sobrecoxa.
Hábitos no consumo de ovos
No caso do ovo, 88% consideram o produto uma excelente fonte de proteínas e 82% o classificaram de um alimento saudável. Quanto aos critérios de decisão na hora da compra destacaram-se a cor (31%), o tamanho (28%) e o prazo de validade (27%). O preço veio apenas em quarto lugar, com 16% das respostas.
Aceitação
De acordo com a Ubabef, a pesquisa revela também que ainda há espaço para ampliar seu consumo no Brasil, diante da ampla aceitação e boa imagem do produto. Dos entrevistados, 79% a veem como uma proteína animal mais barata; 74% a consideram um alimento ideal para quem faz dieta alimentar; 66% apontaram baixo teor de gordura; 54% citaram-na como mais prático de preparar, em relação às carnes vermelhas; e outros 42% afirmam que a carne de frango é fonte abundante de vitaminas.
Consultadas pela pesquisa, 73% das famílias disseram não ter/não saber que sugestões fazer para a melhoria do frango inteiro, o que indica sua aceitação pelo mercado. E apenas 5% mencionaram hormônios, sugerindo a diminuição, redução ou eliminação de uma substância que, na verdade, não é utilizada na criação de frangos no Brasil. No caso dos cortes de frango essa sugestão sequer foi mencionada. E a maioria (52%) deseja mais variedades.
“Trata-se de um mito que ainda persiste. Na realidade o progresso na criação de frangos se deve a uma combinação de melhoramento genético, climatização adequada, respeito ao bem-estar animal e a uma alimentação à base de milho e soja. A utilização de hormônios é proibida e rigidamente fiscalizada tanto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento quanto por autoridades sanitárias dos mais de 150 mercados para os quais o Brasil fornece o produto, na qualidade de maior exportador mundial”, frisou Turra.
Campanha
Para estimular o aumento do consumo de carne de frango no mercado interno, a Ubabef irá realizar uma campanha institucional, começando pela veiculação de vídeos em redes sociais.
“Em 2011, o Brasil produziu 13,058 milhões de toneladas de carne de frango, sendo que 9,1 milhões foram destinadas ao mercado brasileiro. Nosso consumo per capita chegou a 47 quilos ano passado, superando o dos Estados Unidos. Temos certeza de que, diante de tamanha aceitação e, por que não dizer, admiração pelo produto, poderemos ampliar ainda mais a presença da carne de frango na mesa dos brasileiros”, assegurou o presidente executivo da Ubabef.