O presidente da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Roberto Simões, enviou correspondência ao Governo do Estado, reforçando a necessidade de um acordo com os fiscais agropecuários, em greve, há dez dias. Ele lembrou que as atividades de defesa sanitária, realizadas pela categoria, são fundamentais para a manutenção do status sanitário no estado. “A interrupção destes serviços pode trazer prejuízos socioeconômicos e de saúde pública irreparáveis”, alertou.
Os fiscais paralisaram suas atividades no dia 17 de agosto, depois de decisão acordada em assembleia geral da categoria. A presidente da AFA MG (Associação dos Fiscais Agropecuários de Minas Gerais), Moísa Medeiros Lasmar, disse que dos 1065 fiscais do estado, 50% está de braços cruzados. Isso significa que a fiscalização sanitária nas indústrias e o trânsito de produtos de animais e vegetais está sendo realizado de forma precária. Com isso, produtos sem o selo ou a certificação do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) correm risco de não serem recebidos por outros estados.
As principais reivindicações são:
• Reajuste imediato da GEDIMA (Gratificação de Desempenho, Escolaridade e Produtividade);
• Aprovação de um plano de carreira para os cargos de fiscal agropecuário e fiscal assistente;
• Assinatura de um acordo para o cumprimento do piso salarial nacional;
• Incorporação da gratificação por atividade de fiscalização ao vencimento básico dos servidores e separação das carreiras-fim das carreiras-meio do órgão.