Redação (05/08/2008) – A produção de grãos do Oeste da Bahia, que na última safra ficou em torno de 6 milhões de toneladas, sendo 1,2 milhões de toneladas apenas de milho, é a aposta dos organizadores da Associação Baiana de Criadores de Aves (ABA) para o avanço da avicultura e da suinocultura no estado. A entidade promove entre os próximos dias 8, 9 e10 o 1º Simpósio Regional de Aves e Suínos, no Hotel Pestana, em Salvador. Cerca de 300 representantes das cadeias produtivas de aves e suínos deverão participar do evento.
Para debater a produção de grãos como matéria-prima para as atividades pecuárias, a ABA convidou o conselheiro técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Antonio Grespan, que fará palestra sobre o tema no dia 10 (quarta-feira), às 9h. A produção do cerrado baiano corresponde a mais de 50% de todo o milho produzido no estado.
De acordo com Grespan, em um sistema ideal de rotação de culturas, o milho poderia chegar a 30% da área plantada no Oeste. Mas, hoje, a participação do cereal está em torno de 13% da matriz produtiva, que inclui ainda culturas como a soja, o algodão e o café, e de 10% do Valor Bruto da Produção (VBP).
“Isso acontece por causa de fatores de ordem diversa que dificultam a comercialização. Dentre eles, as questões tributárias que hoje favorecem estados do Brasil central, em detrimento da Bahia. Precisamos equacionar esses problemas, pois o milho é uma cultura muito importante para a formação de matéria orgânica para o plantio direto e para a rotação de cultura. Disso depende a sustentabilidade ambiental da atividade”, explica o conselheiro da Aiba.
A Bahia tem um plantel estimado em 99 milhões de cabeças de frango, com crescimento médio de 9,9 milhões de pintos ao mês, e ainda representa pouco mais de 2% da produção nacional de frango.
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