Redação SI 28/02/2005 – O quadro da suinocultura em 2004 acabou de ser confirmado com os dados finais de abate de dezembro. O perfil de queda na produção foi confirmado, com os abates na região Sul e Sudeste tendo queda generalizada. Os preços recordes em 2004 acabam de ser justificados pela combinação ainda de boa exportação com queda na oferta e alguma recuperação da demanda interna. Agora, aguarda-se os primeiros números de 2005 para a avaliação da trajetória de oferta ao longo deste ano, a qual deve apontar alguma recuperação na produção. A avaliação é de SAFRAS & Mercado.
Os abates de suínos em 2004 tinham uma trajetória natural de queda devido ao forte abate de matrizes em 2002 e 2003. Em Santa Catarina, maior estado produtor, este perfil foi confirmado com 7,68 milhões de cabeças, 2,6% abaixo de 2003. No Rio Grande do Sul, 4,5 milhões de cabeças no ano, com 0,12% de retração, no Paraná 3,42 milhões de cabeças contra 3,72 milhões em 2003, ou 8% de retração. Em São Paulo, os abates devem fechar próximos a 1,13 milhão de cabeças contra 1,27 milhão do ano anterior, ou 11% de queda na oferta.
A semana no mercado foi de preços de estáveis a ligeiramente mais altos. A oferta curta está dando sustentação às cotações, ainda sendo fruto dos abates de matrizes de 2002/2003, período de crise da suinocultura. A demanda retraída no mercado interno, no entanto, limita maiores avanços nos preços, com os frigoríficos mantendo uma postura discreta.
O mercado paulista registrou cotação de R$ 52,00 a arroba. No mercado integrado do Sul do Brasil os preços mantiveram-se entre R$ 2,50/2,52 o quilo vivo. Já no mercado independente do Sul as cotações subiram um pouco para a faixa de R$ 2,70/2,75 o kg vivo.