Redação SI 20/01/2004 – 09h59 – A Argentina recomenda novas medidas contra a Peste Suína Clássica. O objetivo do país vizinho é ser reconhecido como livre da Peste Suína Clássica (PSC). O controle da Peste Suína Clássica em javalis na Bélgica tem evoluído de forma muito favorável, com nenhum caso da doença registrado desde 2003. Enquanto isso, há poucas semanas foram detectados três casos de Peste Suína Clássica na Eslováquia, e no princípio deste ano, foi confirmado um novo caso.
A província de Yeongdong, localizada na região leste da Coréia do Sul, está alerta com a possibilidade da contaminação por Cólera Suína em uma granja de seus arredores. No país 65 leitões, com até 40 dias de idade já foram sacrificados em razão das suspeitas da doença. Já em Portugal foi detectado um novo caso da doença vesicular em suínos, na região de Bidoeira de Cima, litoral. A origem da infecção é desconhecida. A enfermidade vesicular não era detectada em Portugal desde 1995.
Outras doenças como a gripe aviária, vaca louca e mesmo a febre aftosa, surgem em diversas partes do mundo, como América, Europa, Ásia e África, gerando pânico aos produtores.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos – ABCS, José Adão Braun, o quadro acima mostra a vulnerabilidade e a gravidade da situação sanitária de rebanhos importantes em nível mundial, com o avanço de doenças que já eram consideradas controladas, além do surgimento de novas.
“Considerando a importância que tem os rebanhos para milhares de produtores de todos os estados brasileiros, e, consequentemente, para a economia do país, devemos nos manter em alerta máximo. Hoje vivemos uma situação privilegiada. Somos um dos primeiros produtores e exportadores das principais carnes consumidas no mundo. Isto se deve ao controle das doenças no Brasil”, afirma Braun.
O dirigente ressalta a importância de se fazer investimentos maiores na vigilância sanitária, antiga reivindicação da ABCS aos governos federal e estaduais. Recentemente pleito neste sentido foi entregue, em mãos, ao Presidente da República. Na ocasião, Lula reconheceu as deficiências e prometeu alocar recursos para garantir a tranqüilidade de criadores e consumidores em relação à saúde animal nos diferentes estados brasileiros. Tanto os recursos quanto a estrutura existentes atualmente mostram-se insuficientes “para a grandiosidade e importância da nossa pecuária, que cresce e se moderniza constantemente”, explica.