Redação (15/02/07) – O principal foco deste trabalho é a construção de biodigestores para a redução da poluição ambiental, mas segundo o Engenheiro Agrônomo da ACCS, Felipe Penter, o objetivo da ACCS não é apenas queimar o gás expelido, mas principalmente a geração de energia, reduzindo assim os custos da propriedade com energia elétrica. “Aí sim é que se pode dizer que é uma produção sustentável, este é nosso principal objetivo”.
Como o Projeto ACCS de Sustentabilidade, está iniciando a execução dos trabalhos pelas granjas de material genético, em princípio, 63 propriedades de Santa Catarina serão beneficiadas e a primeira que está recebendo as construções e melhorias, é a Granja Suruvi de Clair e Clóvis Lusa em Concórdia.
De acordo com Felipe Penter, as construções da Granja Suruvi já estão prontas e produzindo gás, mas não ainda com todo o potencial. “Com o tempo, todo o processo vai funcionar com 100% da capacidade, de acordo com a geração de dejetos”, explicou. Espera-se que em seis meses todas a granjas já tenham seus projetos executados e em funcionamento.
Segundo Penter, existem hoje diversos projetos em andamento, mas o diferencial proposto pela ACCS, é a sustentabilidade da propriedade, onde a queima do gás não seja a única ação, mas que o produtor o utilize como alternativa de energia, além da redução de poluição ambiental.
Destino dos dejetos
Continuando com o projeto, o lodo que resulta do biodigestor é levado para uma lera de compostagem desenvolvido pela empresa Tecsolution, Soluções Ambientais de Dirnei Ferri, que transforma o dejeto liquido em sólido, num processo de evaporação sem poluir o meio ambiente e reduzindo consideravelmente o volume dos dejetos de suínos.
Nesta plataforma é adicionado todo o lodo resultante do biodigestor ou das esterqueiras e com o auxílio de um condutor, que pode ser capim triturado, casca de arroz ou maravalha, realiza o trabalho de fermentação do produto. Segundo o diretor da empresa, Dirnei Ferri, para cada mil suínos em terminação, é necessário 500 metros cúbicos de fibra. Foi criado por Ferri e também patenteado, um equipamento para revolver o produto e ao mesmo tempo facilitar a evaporação dos 97% de água que se acumula, pelos dejetos de suínos e pelas fibras, restando apenas 3% do produto sólido. Após este processo e o adubo curtido e seco, pode se aplicado na lavoura, em hortas e jardins, se tornando também uma fonte de renda para o produtor que pode embalar e comercializar o produto, que segundo Ferri, por ter grande quantidade de fibras, é o melhor adubo para revalorizar o solo, melhorando sua qualidade.
O projeto fica exposto no Tecnoeste até o final do evento, mas informações complementares podem ser encontradas na ACCS.