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Agronegócio orgânico

Segmento começa a se estruturar no Brasil com a criação da AECO.

Da Redação 08/06/2004 – 09h00 – A Associação do Agronegócio Certificado Orgânico (AECO) nasceu há pouco tempo com a proposta de congregar todos os representantes da cadeia do agronegócio orgânico certificado, discutir e buscar soluções para os problemas do setor e fortalecer o segmento. Veja aqui, a entrevista do presidente da AECO, Fernando Augusto de Souza, realizada e publicada pelo site Planeta Orgânico, sobre as atividades da associação e a estrutura o agronegócio orgânico brasileiro.

Como é que a AECO atua junto à produção orgânica?
Fernando – A Associação do Agronegócio Certificado Orgânico (AECO) propõe-se a tornar-se um amplo fórum de discussão abrangendo todos os segmentos envolvidos: produtores; pesquisadores; processadores; certificadoras; comercializadores; varejistas; consumidores, e todos aqueles que se interagem com este movimento.

Quais os principais objetivos da AECO?
Fernando – A Associação, entre outros, têm como principais objetivos: a representatividade efetiva junto a órgãos e instituições públicas e privadas; o desenvolvimento de um banco de dados com informações pertinentes ao mercado de produtos orgânicos; pleiteamento de verbas ou financiamentos junto aos órgãos e instituições governamentais ou privados quando de interesse dos associados; informar e esclarecer o consumidor sobre todos os aspectos e características que envolvem a produção orgânica.

A AECO quer ser um canal de divulgação e representação junto aos diferentes segmentos de mercado e comunicação, além de  promover o entrosamento, intercâmbio e atividades de interesse comum entre os seus associados.

Que iniciativas são prioritárias?
Fernando – São urgentes a busca de ações integradas, no sentido de incentivar a interface dos agentes públicos e privados para promover a viabilidade de pequenos e médios produtores orgânicos de se inserirem no mercado internacional. É de conhecimento geral de que para exportar para a Europa, a partir de dezembro de 2004, é preciso atender as normas do Eurep-Gap (conjunto de exigências de boas práticas agrícolas de varejistas europeus).

Estas normas estabelecem, entre outras exigências: bons critérios ambientais; respeito às leis trabalhistas; qualidade de vida dos empregados.  

Apesar de o segmento orgânico possuir um conjunto de normas até mais rigorosas  que o Eurep-Gap, ainda é preciso vencer entraves estruturais que comprometem a competitividade, e retardam a consolidação do seguimento enquanto atividade viável econômica, social e ambiental capaz de responder às expectativas de geração de divisas aos pequenos e médios produtores e conseqüentemente para o Brasil.

Quais os planos da AECO para 2004?
Fernando –
Consolidar a AECO como representante do agronegócio orgânico. No curto e médio prazo a AECO planeja aumentar o numero de associados e, prioritariamente formar um Consórcio de Exportação, que contemple, além das empresas que já atuam com o comercio exterior, a inserção dos pequenos e médios produtores do seguimento orgânico no mercado internacional. Para tanto estaremos nos empenhando na formação e consolidação de  parcerias com diversos atores, não só do segmento orgânico, mas também nas diversas áreas de atuação do mercado. 

A sede da AECO fica em Ipeúna (SP) e outras informações sobre a sua atuação junto ao segmento do agronegócio orgânico podem ser solicitadas pelo telefone (19) 3537-1616.