Redação AI 05/01/2004 – 00h50 – Melhor notícia para a cadeia do agronegócio, impossível. A safra 2003/4 de Mato Grosso, que começou a ser colhida em Lucas do Rio Verde, na semana passada, será a maior de todos os tempos: 21 milhões de toneladas (t) sem computar a cana-de-açúcar, e será 17% maior que a anterior. Some-se a isso a perspectiva de novos mercados para a carne bovina em razão do surgimento do mal da vaca louca nos Estados Unidos.
Os principais produtos agrícolas do estado, soja, algodão, arroz de sequeiro, milho e cana estão em alta. A soja expandiu sua área de 4,4 milhões de hectares (ha) para 4,9 milhões de ha. Graças a isso sua safra saltará de 12,7 milhões de t para 14,9 milhões. Isso significa um aumento percentual de 17% na produção e consolida Mato Grosso como maior produtor brasileiro.
O setor agroindustrial aposta em maior volume de exportação de farelo de soja e torta de algodão para substituir ração animal para bovinos na Europa, já que o grande exportador para aquele continente, os Estados Unidos, terão que voltar o foco de suas atenções para o trato do rebanho bovino doméstico, ameaçado pelo mal da vaca louca que foi detectado em Washington.
O milho da safra principal e da safrinha não fica para trás: aumenta a produção em 17%, passando de 873 mil ha para 974 mil ha, o que assegura uma safra de 3,19 milhões de t contra 2,85 milhões de t no cultivo passado.
“Esse aumento (de safra) mostra que a meta do governo Blairo Maggi em transformar Mato Grosso num celeiro produtor de 45 milhões de toneladas de grãos e fibras nos próximos 10 anos é perfeitamente viável”, observa o secretário de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira.
Além dos grãos e fibras, o agronegócio também se expandiu em outros setores em 2003. A avicultura através do abatedouro da Sadia em Várzea Grande saltou de 33 milhões de frangos abatidos em 2002, para 39 milhões. E a pecuária anunciará ainda nesta semana o resultado da vacinação de bovinos e bubalinos contra a aftosa, no mês de dezembro. A expectativa é que o rebanho suba de 22,5 milhões para 23 milhões.