Redação SI 09/09/2002 – Produtores de milho em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, estão satisfeitos com o preço do grão. E, para evitar os prejuízos, criadores de suínos que usam o milho na ração se unem para diminuir os custos da atividade.
A safra do milho já terminou, mas até agora os agricultores estão colhendo bons resultados. O preço do produto está em alta, um aumento de quase 40% em relação à safra passada. Seu Marinho é produtor e tem um armazém. Compra milho para vender no sul e para exportar.
“O milho, que era vendido a R$ 7,00 no mês de maio, hoje está em torno de R$ 10,20, R$ 10,30 aqui em Lucas do Rio Verde. Isso se deve, praticamente à demanda. O milho hoje é um produto muito procurado no Brasil. A oferta e a demanda estão muito apertadas. Outro fator novo que entrou no mercado é que o milho pode ser exportado”, explica o agricultor Marinho Franz.
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O preço do milho, em alta, agrada os agricultores e preocupa os criadores de suínos. Em Lucas do Rio Verde, a suinocultura só está sendo viável porque muitos criadores formaram cooperativas e conseguiram reduzir custos. Para tentar driblar a crise e manter a lucratividade do negócio, os criadores de suíno estão mudando a composição da ração. O milho está sendo substituído pelo sorgo e pelo milheto. Hoje o custe de produção de um quilo de suíno em Lucas do Rio Verde é de R$ 1,02. O quilo é vendido com R$ 0,10 de lucro.
“Muitos produtores no Sul do Brasil estão precisando sair da atividade enquanto que nós estamos aí nos mantendo tranqüilamente”, compara o presidente da cooperativa, Paulo Franz.
E para reduzir as dificuldades dos criadores de suíno de Santa Catarina, o governo do Estado determinou a inclusão da carne de porco no cardápio de escolas, hospitais, quartéis e penitenciárias. A iniciativa pretende aliviar a crise que os produtores enfrentam por causa do alto custo de produção e o baixo preço da carne.
