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Alta do milho e suínos são destaques

Os preços dos produtos estão melhores porque o milho tem como referência o valor pago pela saca para exportação e a oferta de carne suína diminuiu no mercado.

Redação SI 09/09/2003 – Segundo o diretor do Instituto de Economia Agrícola (IEA) de São Paulo, Nelson Martin, o preço do milho sofreu alta expressiva com a conclusão da colheita da safrinha e a redução do fluxo de comercialização no período por parte dos produtores. “A esta altura da colheita, os produtores já pagaram as dívidas e irão segurar o produto nos cinco meses de entressafra para conseguirem preços melhores”.

Ainda segundo Martin, os preços estão melhores porque têm como referência o valor pago pela saca para exportação, mesmo que seja vendido no mercado interno. “Até julho, muitas empresas grandes que trabalham com o milho como matéria-prima estavam fazendo jogo de mercado. Com a aproximação da entressafra, tiveram que comprar o grão, o que também fez os preços subirem.” Para o executivo, o milho ainda tem fôlego para subir mais. O preço da saca em Paranaguá pode chegar até o patamar de R$ 19.

Em relação aos suínos, Martin afirma que a redução do plantel e o descarte de matrizes reduziram a oferta no mercado. Com a retomada das exportações, houve uma redução da oferta no mercado interno, o que fez os preços subirem. “Os produtores passaram, no ano passado, pela maior crise no setor dos últimos dez anos. Com o descarte, voltaram a ganhar.” Dos 19 produtos analisados, 12 apresentaram crescimento no preço: amendoim, arroz, café, cebola, feijão, laranja, milho, soja, tomate, aves, boi-gordo e suíno. Por outro lado, quatro tiveram reduções: banana, batata, cana-de-açúcar e ovos.