O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, disse que o estado Amazonas poderá ser reconhecido como área livre da febre aftosa com vacinação em maio do ano que vem, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e livre da doença sem vacinação em 2020. O diretor e técnicos do Mapa visitaram unidades do serviço sanitário amazonense nesta semana (de 15 a 18) em diferentes municípios do estado.
Para viabilizar o reconhecimento, o Mapa elencou aspectos que precisam ser priorizados à Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e a autoridades estaduais, como contratação de profissionais efetivos para a agência; reforma de 11 unidades veterinárias locais (UVLs) e construção de seis Escritórios de Atendimento à Comunidade (EACs). Também deverá ser feita a aquisição ou redistribuição de veículos e canoas com motor para aparelhar as regiões de fronteira, do Médio Solimões e da área metropolitana. O governador interino David Almeida e representantes do setor privado asseguraram que haverá atendimento da solicitação.
O Mapa já investiu por meio de convênios mais de R$ 25 milhões em ações de erradicação da aftosa no Amazonas, nos últimos anos. Só em 2017, foram repassados R$ 3 milhões.
No programa de erradicação da doença, está previsto que a retirada total da vacinação será feita até 2023, começando pelo Norte do país, o chamado Bloco 2, que compreende Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia.
Paraná reclama de morosidade
De acordo com informações da Revista Coopavel, o estado do Paraná tem encontrado dificuldades em ampliar as exportações devido às condições sanitárias, por não ter o status de zona livre de febra aftosa, sendo que sem esta condição, muitos mercados não compram carne suína, a exemplo do Japão e outros países da Ásia além do mercado europeu. Com isso, representantes do setor estimam uma perda de R$ 1 bilhão de reais até 2021, quando está previsto a retirada da vacina.
O Paraná é o segundo estado brasileiro que mais produz carne suína, correspondendo a 21% de toda a produção nacional. Segundo a cooperativa, há vários anos agroindústrias, cooperativas e entidades de classe lutam para colocar o Paraná na condição de livre de febra aftosa sem vacina, para ampliar a produção e as exportações.
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