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APCS participou de audiência pública em Bragança Paulista

Entidade defende a inclusão da carne suína na merenda escolar do município.

Redação SI 27/08/2003 – A Associação Paulista de Criadores de Suínos, APCS, numa iniciativa inédita participou da 25 Sessão Ordinária da Casa do Poder Legislativo do município de Bragança Paulista, nesta terça-feira (26).

Uma manifestação pública, que contou com a presença de suinocultores do município, foi realizada e estimulada pela vereadora Fabiana Alessandri, para sensibilizar os vereadores quanto à importância da inclusão da carne suína na merenda escolar.

A Moção, de autoria da vereadora, que foi apresentada, é um pedido endereçado ao prefeito para dar início ao Projeto Merenda Forte no município. Como Bragança Paulista é uma das principais produtoras de carne suína do estado de São Paulo, e a suinocultura para o município tem uma expressão muito grande, além de quebrar tabu, mudar hábitos alimentares o projeto também tem a pretensão de amenizar a crise que o setor vem enfrentando há dezessete meses.

Segundo dados fornecidos pela CATI, Bragança Paulista tem 182 propriedades cadastradas, 18 de terminação, uma central de inseminação artificial, 163 propriedades com matrizes, totalizando 10.424, e ao ano são abatidos 195.510 animais.

A iniciativa vai além da inserção da carne na merenda escolar. A vereadora, aliada à APCS, quer realizar um trabalho de conscientização com crianças e adolescentes de toda rede de ensino, já que a carne suína é comprovadamente rica em vitaminas e proteínas essenciais ao bom desenvolvimento dos estudantes.

A Moção que tramita na Câmara dos Vereadores deve ser votada no prazo de um mês. E a implantação, segundo Alessandri, deve ser imediata.

Missão de convencer


Ferreira Júnior, presidente da APCS e Expedito Tadeu Facco Silveira, pesquisador científico do Ital, Instituto de Tecnologia dos Alimentos, a convite da vereadora, tiveram a missão de apresentar à Casa de Leis qualidades nutricionais, vantagens e benefícios da carne suína.

De acordo com Expedito Tadeu o consumo de carne suína no mundo cresceu, na última década, 70%. O que exigiu da suinocultura investimentos pesados na genética, nutrição e sanidade de seus rebanhos. E como o consumidor de hoje está preocupado com a forma de criação do suíno, o novo produtor teve que aderir a regras básicas de produção, como a preocupação com o bem estar animal e sua rastreabilidade, além da questão do impacto ambiental. Essas informações têm que ser transmitidas aos consumidores acrescentou o pesquisador.

Ferreira Júnior, que foi acompanhado do vice-presidente da APCS Weber Dalla Vecchia,disse que o município pode ir muito além. Tem capacidade para produzir 15 mil matrizes ao ano, e pode gerar um emprego a cada trinta matrizes produzidas. Ou seja, a suinocultura pode gerar dentro da cadeia produtiva um emprego a cada três matrizes alojadas.

O presidente da APCS ainda alertou os presentes quanto à necessidade do município certificar sua produção, para valorizar a origem de seus produtos. Afinal, para o consumidor, a credibilidade de um produto está diretamente associada à marca certificada. Por isso a entidade trabalha firme na implantação do selo de origem Suíno Paulista.

Conquistas

Outra reivindicação antiga dos suinocultores, a construção de um abatedouro no município, acaba de ser atendida e anunciada pelo prefeito.

Com o abatedouro os produtores terão um comércio de carne mais atuante na região, além de proporcionar o controle da produção de carne suína de forma mais segura e eficaz a toda população.