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Audiência abordou as desigualdades agrícolas do Mercosul

<p>Deputados, prefeitos, vereadores, representantes de entidades ligadas ao setor agrícola e autoridades como o cônsul geral do Uruguai, Pablo Scheiner, e o chefe do escritório de representação do Itamaraty no Estado, embaixador Cláudio Lyra estiveram presentes na reunião que aconteceu ontem (21/06).</p>

Redação (22/06/07) – O secretário disse que o governo do Estado tem interesse na correção das distorções. “Estamos comemorando uma grande safra devido à capacidade dos produtores”, reconheceu Machado. “Não podemos ficar indiferentes e a governadora tem feito o que é possível ser feito.” 

O presidente da Federarroz, Valter José Ptter, apresentou três alternativas de caminhos a serem seguidos na busca da diminuição dos prejuízos dos produtores: a abertura comercial total do Mercosul, a criação de um fundo de compensação garantindo benefícios aos produtores agrícolas e a fixação de um preço mínimo. “Temos hoje um prejuízo acumulado no valor de R$2,2 bilhões”, alertou Ptter. Esse seria o montante que ele sugere que seja barganhado para o fundo de compensação. 

O encontro foi considerado bastante produtivo pelo presidente da comissão, deputado Rossano Gonçalves (PDT). “Vamos procurar a Comissão de Agricultura para propor uma audiência conjunta em ministérios ligados ao tema”, afirmou o parlamentar. “Queremos fazer um grande movimento de qualidade para tentarmos corrigir as desigualdades. Temos que buscar resolver internamente o problema com o Mercosul.”

Custos diferentes 

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Elton Weber, lembrou as desigualdades sofridas também pelos produtores de cebola e de vinho, mas salientou que em 70 municípios os pequenos produtores plantam arroz. “Com custos de produção diferentes dos custos dos outros países, o que é um problema quando temos um mercado aberto parcialmente.” 

O prefeito de Pelotas, Adolfo Fetter, disse ser contra a prática do Mercosul sem mecanismos de compensação. “Para fazer este mercado funcionar temos duas opções: simetria ou liberdade.” 

O representante do Ministério da Agricultura, José Euclides Severo, apoiou a iniciativa da audiência pública. “Sabemos o que acontece no dia a dia, mas somos apenas operacionais”, falou. “Esse é um problema que acontece no Estado, mas não representa a realidade brasileira”, alertou, ao afirmar que é uma questão política e diplomática.