Redação (27/11/2007)- O fim do embargo russo para carnes bovina e suína de oito Estados brasileiros, entre eles Santa Catarina, anunciado na sexta-feira passada, já refletiu no preço do suíno. Ontem, as agroindústrias catarinenses reajustaram em R$ 0,10 o preço pago ao produtor. Para o consumidor, pode subir até 50%.
O valor base para o produtor, que era de R$ 1,95 por quilo, passou para R$ 2,05. O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de SC (Faesc), Enori Barbieri, acredita que o preço ficará entre R$ 2,50 e R$ 2,60.
“Para o consumidor o aumento poderá chegar a 50%”, frisou. Além da maior demanda do mercado russo, a pouca oferta de carne bovina também puxa o aumento de outros produtos.
Enquanto o consumidor começa a ficar preocupado, no campo a situação é melhor. O produtor Clair Dariva, de Chapecó, comemorou o reajuste. Isso porque o custo de produção também subiu, com a alta do milho e da soja.
Dariva afirmou que, nos últimos meses, o custo subiu de R$ 1,87 para R$ 2,10. Nos últimos dois anos, Dariva diminuiu o número de matrizes reprodutoras de 450 para 380, devido ao prejuízo na atividade.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne) de SC, Paulo Ernani de Oliveira, disse que, além do mercado russo, há uma pressão pelo aumento do custo por causa das festas de final de ano. Oliveira acredita que podem ocorrer mais reajustes, mas não de forma acentuada.