Os criadores de suínos de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, estão com expectativas positivas em relação ao mercado. Uma longa crise atingiu os produtores independentes e integrados a frigoríficos do estado.
O criador Edson Gross, que tem cerca de sete mil porcos na granja, trabalha no sistema independente, ou seja, arca com todos os custos de produção e vende porco no mercado. Depois de uma longa crise no setor, o produtor diz que está um pouco mais aliviado com o aumento no preço do animal. “Chegamos a comercializar o suíno por R$1,50. Hoje, estamos passando de R$ 3,00 o quilo do suíno vivo, mas ainda não tem espaço para margem de lucro ou se existe ainda é muito pequena”, diz.
De acordo com o criador, o problema é que o custo de produção continua elevado. Ele conta que os preços da soja e do milho subiram muito nos últimos meses. “Temos problemas a serem resolvidos. Tem um passivo de saldo negativo que aconteceu durante os últimos quatro anos que tem que buscar para frente para deixar a atividade mais rentável”, diz Gross.
A diminuição do animal no mercado foi um dos motivos apontados pelos produtores para o aumento do valor pago pelo suíno. Isso se deve à crise do setor durante este ano, quando muitos suinocultores abandonaram a atividade e outros diminuíram o plantel.
O criador Magnos Fritz, que trabalha no sistema integrado a um frigorífico, recebe a ração e os medicamentos, além de ganha um valor para engordar os animais e vender para a indústria.
Para o produtor, que não precisou diminuir a produção, também houve aumento do valor pago pelo suíno. “Dependendo da rentabilidade do animal, de como ele se comporta, você fechando um lote bom, você consegue tirar em torno de R$ 18 a R$ 20 por animal em cada lote. Em épocas menos valorizadas, dá para tirar de R$ 10 a R$ 12”, diz.
O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor brasileiro de suínos. Só perde para Santa Catarina. O Paraná é o terceiro e Minas Gerais fica em quarto lugar.