Em um frigorífico que pertence a uma cooperativa de avicultores em Pará de Minas, centro-oeste de Minas Gerais, 200 associados conseguem mandar para o abate 47 mil aves por dia.
Atualmente, não se sabe por quanto tempo será possível manter este ritmo, já que no estoque ainda estão armazenadas 450 toneladas de carne, metade da capacidade total. Na mesma época do ano passado o estoque estava vazio. O resultado é reflexo da queda nas vendas. “Caiu em torno de 50% devido às férias escolares, às pessoas estarem viajando e aos supermercadistas terem produto estocado”, explica Helvécio Carrilho, gerente de vendas.
Normalmente, em janeiro cai o consumo e o mercado se retrai. O que preocupa os avicultores é que a situação este ano está mais complicada. Esta semana, o criador independente de Minas Gerais recebeu pelo quilo da ave viva R$ 1,60 em média, queda de 33% de um mês para cá. Enquanto isso, o preço do milho subiu 20% no mesmo período.
Para tentar diminuir o prejuízo, a saída que muitos avicultores encontraram foi suspender a produção. No centro-oeste de Minas Gerais muitas granjas só vão voltar a produzir em fevereiro.