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Avicultura mineira está pronta para a regionalização

<p>O Estado acaba de aderir ao Plano de Prevenção à Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle, etapa decisiva para o Estado implantar a regionalização da avicultura.</p><p></p><p></p>

Redação AI 18/05/2007 – Minas Gerais acaba de confirmar adesão ao Plano de Prevenção à Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle, etapa decisiva para o Estado implantar a regionalização da avicultura. Este sistema possibilitará às empresas avícolas mineiras exportarem seus produtos mesmo que ocorram problemas de sanidade animal em outros Estados. Para formalizar a adesão, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), ligado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, enviou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), um documento com informações sobre as medidas adotadas pelo Estado para se ajustar às exigências do plano nacional de prevenção.

Segundo o secretário da Agricultura, Gilman Viana, "existe um esforço integrado da Secretaria com as lideranças da avicultura estadual para criar as condições de adesão ao programa". Ele acrescenta que "os segmentos do agronegócio avícola dispõem, inclusive, de um fórum na Secretaria para debater os temas do setor, a Câmara Técnica de Avicultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa)".

Gilman Viana diz que "interessa ao agronegócio avícola e ao Estado mostrar que Minas tem condições de prevenir problemas sanitários na avicultura, assim como atua com eficiência na prevenção, por exemplo, da febre aftosa, que há doze anos não se registra no rebanho bovino de Minas". O secretário assinala que "o documento encaminhado pelo IMA ao Ministério da Agricultura é fundamental para o Estado mostrar que tem uma avicultura competitiva, de qualidade e com produção ajustada à segurança alimentar conforme as exigências do mercado nacional e internacional".

Contando agora com as informações enviadas pelo instituto, o ministério vai definir uma data para a realização de uma auditoria ou avaliação das condições sanitárias da avicultura mineira dentro do programa nacional de prevenção e defesa da Doença de Newcastle e Influenza Aviaria. A auditoria é indispensável para Minas ser habilitada à regionalização.

Segundo o IMA, o Estado já está elaborando um projeto de lei para a criação de fundos de emergência que atenderão ao trabalho de regionalização e também cobrirão prejuízos dos produtores se houver necessidade de sacrificar aves com diagnóstico das doenças. Além disso, o instituto desenvolve o trabalho de georreferenciamento das propriedades avícolas, com 95% das empresas cadastradas e o restante com cadastramento previsto até julho.

Um retrato do agronegócio avícola

O documento apresentado pelo IMA à Coordenação Nacional do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), em Brasília,  mostra que a atividade de sanidade avícola no Estado dispõe, neste ano, de recursos orçamentários de R$ 41,2 milhões. O trabalho se destina a preservar a qualidade dos produtos e a economia de 1.847 granjas de frango de corte, 162 granjas de postura, 249 empresas para criação de perus, 12 para codornas, 26 para avestruzes e 37 para criação de matrizes, ou aves destinadas a gerar frangos e galinhas. Estão cadastradas, em Minas, 2.270 empresas que comercializam carne de frango, carne de codorna, carne de peru e ovos de galinha.

De acordo com o levantamento do IMA, o alojamento de aves de corte e de postura no Estado é de 73.830.502 cabeças, enquanto matrizes, perus e codornas totalizam 11.896.460 cabeças. Segundo o IMA, em 2006, nos 35 abatedouros avícolas no Estado foram abatidas 342.078.912 aves, e a produção de ovos para consumo alcançou 7.455.061 caixas de 30 dúzias.

Há 664 profissionais envolvidos no trabalho de sanidade avícola do instituto, sendo 264 fiscais agropecuários (médicos veterinários), 327 fiscais assistentes (técnicos agropecuários) e 93 auxiliares de campo. Os fiscais agropecuários participam de cursos desde 2003 para atender às exigências do Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), e em 2006 os treinamentos se intensificaram.

O IMA atua em doze corredores sanitários com o objetivo de restringir a entrada e saída de aves vivas, envolvendo Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. A atuação dos fiscais nos postos e nas barreiras volantes também é apresentada com detalhes no documento enviado ao Ministério da Agricultura. Com base no trabalho realizado pelos médicos veterinários nos postos, o instituto terá condições de apresentar mensalmente relatórios consolidados sobre o trânsito de aves dentro de Minas Gerais e para outros Estados ou vice-versa.

O desenvolvimento de programas de educação sanitária também faz parte das exigências para a regionalização da avicultura, requisito que o IMA garante estar cumprindo, inclusive com a publicação de artigos e outras ações na área da comunicação.