Redação AI 19/10/2004 – Quando chegou ao noroeste do Paraná, em 1958, Éfren Ismael Pedrini sonhava com um futuro promissor. Mas ao longo de quase quarenta anos, ele viu a maior parte dos sete filhos se afastar porque a pequena propriedade de 10 alqueires, no interior de Francisco Alves não gerava renda suficiente para mantê-los. Três filhos saíram para trabalhar em uma fábrica de tecidos em Brusque (SC), na décadas de 90, quando a principal fonte de renda da família, o algodão, estava em declínio. Sem conseguir se adaptar à vida na cidade, dois filhos voltaram e disseram a Éfren que era preciso buscar uma nova alternativa de renda.
Corria o ano de 1997 quando os Pedrini decidiram construir um aviário. “Nunca tinha visto um aviário. Fui em outro produtor para conhecer como funcionava”, lembra Éfren Pedrini. A falta de experiência dificultou o trabalho no início, ma sãos poucos eles foram conhecendo os segredos da atividade .
Enquanto um dos filhos cuida da produção de soja e milho para silagem e outros dois são responsáveis pelo gado leiteiro, o pai toma conta dos frangos. “Passo o dia aqui em volta do aviário”, diz Éfren, satisfeito com a avicultura.
A satisfação do associado tem motivo. O aviário convencional aloja até 15 mil aves e rende aproximadamente R$ 3 mil líquidos por lote. Com esse desempenho, a avicultura representa 40% da renda e ajuda a manter 10 pessoas de duas famílias dos Pedrini. Para Éfren, “a avicultura ajudou a unir a família”. Esse sentimento está animando o cooperado a construir um segundo aviário. Assim, outro filho, que é pedreiro, poderá voltar a viver e ter sua renda na propriedade.
Com 64 anos de idade e 30 como sócio da C.Vale, Éfren tem certeza de que se não fosse a avicultura os filhos não teriam voltado. “Agora está melhor. Com a avicultura, dá para viver tranqüilo”, assegura.