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Exportação

Avicultura respondeu por 8,7% das exportações do agro brasileiro em 2012

Campo Grande sediou nesta terça o 1º Encontro Tecnológico da Avicultura em MS.

Avicultura respondeu por 8,7% das exportações do agro brasileiro em 2012

Em 2012, a avicultura brasileira respondeu por 8,7% da receita das exportações do agronegócio brasileiro, o que representou US$ 8,3 bilhões. Em relação ao faturamento total das vendas internacionais do País, o setor ficou com uma fatia de 3%.

Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (4), pelo presidente executivo da União Brasileira da Avicultura (Ubabef), Francisco Sérgio Turra, durante o 1º Encontro Tecnológico da Avicultura em Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.

Segundo Turra, o Brasil atualmente é terceiro maior produtor mundial de carne de frango, com 12,6 milhões de toneladas, e o principal exportador global, com 3,9 milhões de toneladas. O produto brasileiro é vendido para 154 países, sendo os principais compradores a Arábia Saudita, as 27 nações da União Europeia e o Japão.

O presidente da Ubabef disse ainda que a maior parte da carne de frango exportada foi em cortes (55%), seguida pela carcaça inteira (36%), pelo produto processado (5%) e depois pelo salgado (5%). “Ainda exportamos uma parcela significativa da nossa produção em carcaça inteira. Temos que agregar valor ao produto, vender mais cortes, para gerar emprego e renda no Brasil”, avalia.

Turra diz que em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) da avicultura foi de R$ 26 bilhões e as projeções apontam que o indicador fechou 2012 em torno dos R$ 60 milhões. Ele comenta que além de um grande gerador de empregos, cerca de 3,5 milhões em todo o País, o segmento também é um excelente disseminador de renda.

“Dos 24 municípios do País que estão entre os principais produtores de aves, 14 deles estão com Índice Firjam de Desenvolvimento Municipal (IFDM) acima da média nacional”, exemplificou.

A produção brasileira, conforme o presidente da Ubabef, está concentrada, 80,4%, nos três estados da região Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mas em um período de cinco anos o quadro deve se alterar e estados que tem pequena participação no ranking nacional, como Mato Grosso do Sul (3,2% do total nacional), mas possuem grande produção de grãos devem ganhar mais destaque.

“Em Mato Grosso do Sul vocês têm tudo. Tem disponibilidade de área, boa localização, boa logística e tem uma grande produção de grãos para a produção de ração para as granjas, que é um gargalo para o crescimento da produção em outros estados”, analisa.

Em relação as perspectivas para a atividade, Turra diz que este ano o setor começa a se recuperar da crise do ano passado. “Depois de um 2012 muito difícil, a produção brasileira está mais controlada e dessa forma os preços estão em patamares razoáveis. Esse ano deveremos produzir em torno dos 12,8 milhões de toneladas de carne de frango”, comenta.

A médio e longo prazo, ele aponta a perspectiva do aumento da demanda pelo produto brasileiro> Os motivos são o crescimento populacional e o incremento da renda da população nos países que já consomem a carne do Brasil e ainda na abertura de novos mercados. “O México, por exemplo, que é um grande importador mundial, perdeu 20% do seu plantel avícola em razão da gripe aviária e deve ser mais um mercado a comprar a carne de frango brasileira”.

O presidente da Ubabef alerta, entretanto, que o País ainda tem alguns problemas a superar para se manter no topo das exportações mundiais, entre eles o principal é o logístico. “Para embarcar um contêiner no Porto de Santos, o custo é de US$ 2.215, enquanto que em Xangai é de apenas US$ 580 e em Hong Kong é de US$ 575. Em um ranking mundial de logística, o Brasil está entre as dez piores posições. Precismos melhorar isso, para não perdermos ainda mais competitividade”, concluiu.