Redação (25/02/2009)- Aconteceu ontem, 19, no auditório da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS, um encontro que reuniu produtores, frigoríficos e empresas de nutrição, onde foi discutido a possível implantação da bolsa de suínos em Santa Catarina. Segundo o presidente da ACCS, Wolmir de Souza, o objetivo é unir a cadeia e balizar os valores e com a implantação da Bolsa de Suínos em Santa Catarina isso poderá ser possível. “Quando se fala em Bolsa de Suínos, falamos em buscar um patamar de equilíbrio entre produtores, agroindústrias e pequenos frigoríficos, isso já acontece em São Paulo e Minas Gerais e está tendo bons resultados” explica.
Durante o encontro Souza apresentou alguns dados, ou seja, o comportamento do mercado no ano de 2008, entre eles a média de preço do suíno pago produtor independente que foi de R$ 2,66 o quilo, do produtor integrado a R$ 2,25 o quilo e o custo de produção que ficou em média a R$ 2,33. O dirigente ressaltou a importância do trabalho em conjunto para obter os resultados esperados. “Hoje não temos animais represados, não há animais pesados, porém o valor da comercialização é baixo, por isso precisamos nos unir e dar continuidade ao trabalho realizado hoje” enfatiza.
O presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos, APCS, Valdomiro Ferreira Júnior, não pode estar presente por motivos de saúde, porém participou do encontro por telefone. Ferreira explicou como funciona a bolsa e a situação do mercado para as próximas semanas. “Hoje a Bolsa de Suínos em São Paulo é referência para o mercado, ao longo do tempo a bolsa nos ajudou a elevar o preço do suíno vivo e de carcaças, deixando um preço mais justo para ambas as partes”. Ele diz que este sucesso só é possível se houver união de toda a cadeia. “A bolsa é um instrumento de ajuda nesses momentos de crise e uma forma de conseguir organizar a cadeia” finaliza.
De acordo com Wolmir o próximo passo será participar da Bolsa de São Paulo, no dia dois de março, segunda-feira, para poder ter um parâmetro dos negócios. “Vamos fazer contatos semanais e encontros mensais com produtores e frigoríficos, serão realizados também em cada região do Estado, um levantamento de oferta e demanda em cada região e um cadastramento dos frigoríficos e no dia dois de março estaremos participando da Bolsa de São Paulo para nos adaptarmos para a implantação da Bolsa em Santa Catarina. O dirigente ressalta que “o clima é bom, semana que vem é de cautela e para a primeira semana de março a tendência é de crescimento e melhora” finaliza.