A geração própria de energia no Brasil, a chamada micro e minigeração distribuída, acaba de atingir a marca histórica de 10 mil instalações fotovoltaicas ao redor do País. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base nos dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a tecnologia solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica, lidera o segmento, com 99% das instalações em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural.
De acordo com a ABSOLAR, os 10.008 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede elétrica geram créditos e beneficiam um total de 11.063 unidades consumidoras. Com isso, a tecnologia contribui cada vez mais para o crescimento e desenvolvimento da economia do país, representando um total acumulado de mais de R$ 620 milhões em investimentos privados, espalhados entre todos os Estados e inúmeros Municípios brasileiros.
Dentre as unidades consumidoras beneficiadas por sistemas solares fotovoltaicos, a maior parcela é de residências, que representam 78,2% do total, seguida de comércios (16,7%), indústrias (2,0%), consumidores rurais (1,7%) e outros tipos, como iluminação pública (0,1%), serviços públicos (0,2%) e consumidores do poder público (1,1%).100 megawatts instalados
Recentemente, a micro e minigeração distribuída atingiu a marca de 111 megawatts (MW) instalados, dos quais 77,6 MW são provenientes da fonte solar fotovoltaica, capaz de gerar energia elétrica suficiente para abastecer mais de 45 mil residências.
Segundo o presidente da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, o potencial técnico da geração distribuída solar fotovoltaica, parcialmente mapeado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), representa mais de 164 gigawatts (GW) quando se considera apenas os telhados de residências.
“Isso significa que, se aproveitarmos os telhados de residências brasileiras com geração distribuída solar fotovoltaica, a energia elétrica gerada seria capaz de abastecer 2,3 vezes toda a demanda residencial do País. Isso demonstra o enorme potencial desta tecnologia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental, que auxilia a reduzir os gastos de consumidores com energia elétrica, tem contribuído para reaquecer a economia do país e tem gerado empregos locais e de qualidade para a população”, comenta Sauaia.
“Se adicionarmos a estes cálculos os edifícios comerciais, industriais, públicos e rurais, o potencial técnico da geração distribuída solar fotovoltaica será multiplicado e crescerá diversas vezes. Ou seja, no que depender da fonte solar fotovoltaica, ainda temos muita oportunidade de redução de gastos, crescimento e desenvolvimento, com responsabilidade e sustentabilidade”, conclui.