O Brasil notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre um caso de peste suína clássica no país, o que não ocorria desde novembro de 2019. A doença foi diagnosticada no dia 14 de setembro em um animal de uma produção “de quintal” no Ceará. O exame foi feito pelo Laboratório Federal de Defensa Agropecuária de Minas Gerais.
No comunicado à OIE, o governo brasileiro ressaltou que o Ceará não faz parte da zona livre de peste suína clássica do Brasil e que há restrições para a circulação de animais e produtos entre o Estado e áreas consideradas livres da doença.
“As investigações ainda estão em andamento para identificar a origem e ligações epidemiológicas. As medidas de erradicação serão implementadas com abate dos animais existentes na propriedade e contatos dentro da mesma unidade epidemiológica”, disse o governo à OIE.
A peste suína clássica é diferente da variante africana, doença que ressurgiu nas Américas em meados deste ano, em casos identificados na República Dominicana e no Haiti. Até o momento, não há registros dessa doença em outros países do continente.
Considerada mais grave que a variante clássica, a peste suína africana não tem cura. A doença foi a responsável por dizimar quase metade do rebanho de suínos da China entre 2018 e 2019.