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Mercado Interno

Brasileiro diminui consumo das carnes e preços caem quase 6% em 2023

Todos os principais cortes bovinos, bem como a carne suína e o frango, tiveram queda nos preços no primeiro semestre

Brasileiro diminui consumo das carnes e preços caem quase 6% em 2023

Todos os tipos de carnes vendidos nos supermercados e açougues, incluindo as opções de frango e de porco, estão mais baratos.

É o que confirmam os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação do país: em 2023, o preço médio das carnes já caiu 5,9%.

O da carne de porco caiu 2,4% e, do frango, 5,8%.

Os números levam em consideração as variações acumuladas de janeiro até junho do IPCA.

Por trás das fortes deflações, está a crise: o brasileiro reduziu a compra das carnes vermelhas nos últimos anos, depois que o preço delas entrou em disparada com os diversos choques da pandemia.

A disposição menor por comprar carnes, por sua vez, encontrou os produtores com os rebanhos em expansão, resultado da corrida de investimentos em reprodução que eles fizeram nesses anos, justamente, por conta dos bons preços da carne no mercado.

Mais barato, mas não tanto

No varejo, onde é normal que as mudanças de preço cheguem com alguma defasagem em relação ao que está acontecendo nas fazendas e nas fábricas, a história é pouco diferente.

Mais barato que as carnes vermelhas e uma das primeiras opções de proteína a que o brasileiro recorre quando não consegue mais comprar os bifes bovinos, o frango foi o campeão da pandemia: o preço dele subiu 51% de 2020 a 2022.

“Quando o preço da carne bovina sobe muito, o brasileiro vai procurar outras proteínas mais baratas, como a suína, o frango e até o ovo”, diz Carvalho, do Cepea.

“Isso faz com que a procura por eles cresça, e os preços também.”

De todas as proteínas, o ovo é a única que segue subindo em 2023, indicando que, enquanto a procura pelas carnes ainda está fraca, a do ovo segue aquecia: o preço do produto sobe 16,6% no primeiro semestre deste ano.