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C.Vale fatura R$ 960 milhões e distribui sobras aos associados

<p>Mesmo enfrentando, em 2006, um dos períodos mais difíceis do agronegócio nacional, a C.Vale distribuirá aos associados R$ 2,71 milhões em sobras.</p>

Redação (07/02/07) –  A divisão desse valor entre os associados foi aprovada durante assembléia realizada no dia 2/02, na Asfuca, em Palotina/PR. A distribuição varia conforme a movimentação econômica de cada cooperado (compra de insumos e venda da produção).

O balanço apresentado pelo presidente Alfredo Lang aos mais de 1.600 participantes da assembléia revelou que o faturamento (soma das vendas) da C.Vale em 2006 foi de R$ 960 milhões, 15% menor que o do ano anterior (R$ 1,13 bilhão). O recebimento de soja caiu 16,86% e ficou em 12 milhões de sacas.

Os resultados foram atribuídos por Lang aos problemas climáticos que afetaram as culturas de verão e o trigo, à valorização do real frente ao dólar, aos baixos preços dos produtos agrícolas e à gripe aviária. Ele ressaltou, no entanto, que medidas preventivas de redução de custos e melhoria da eficiência adotadas pela C.Vale amenizaram o impacto da crise.

A projeção de Lang é de que 2007 será um ano de recuperação do agronegócio. O clima favorável às culturas de verão e a valorização dos produtos agrícolas devido ao crescimento da demanda por biocombustíveis poderão fazer com que o agronegócio não só retome, mas amplie a condição de principal motor da economia, que já foi responsável por 37% dos empregos e por 40% das exportações brasileiras, comentou. O dirigente conta com esses fatores para que os produtores comecem a pagar as dívidas, após o alongamento conseguido no ano passado, segundo ele, com grande participação das cooperativas nas negociações.

Alfredo Lang fez questão de observar que é preciso tirar lições da crise. Ele entende que o governo federal precisa ampliar o seguro rural para garantir estabilidade à renda do agricultor. O presidente da C.Vale afirmou, ainda, que os produtores precisam ser cautelosos com os investimentos. A euforia dos bons momentos pode levar a negócios sem sustentação, alertou.