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Carne bovina sobe 25% em quatro meses

Consumidor já procura alternativas à carne bovina durante a semana, como ovos e frangos.

Redação AI 09/09/2003 – A disparada do preço da carne nos açougues de Goiânia (GO) assusta o consumidor. A última pesquisa de preços do Procon de Goiás apurou reajuste de até 14,17% no comércio varejista entre os dias 14 de maio e 2 de setembro. Mas, nos últimos dias, o preço no varejo voltou a subir mais 10%, em média, o que dá um total de 25,58% em quase quatro meses. O mesmo porcentual de aumento foi registrado no atacado, de acordo com o Sindicato Varejista de Carnes Frescas de Goiás (Sindaçougue), ao destacar que o quilo passou de R$ 2,60 para R$ 3,25 na indústria. Os donos de açougues falam em aumentos de até 30% no atacado por causa do período de entressafra, quando a oferta de pastos para o gado é reduzida. O quilo do filé mignon e da picanha já custa entre R$ 8,80 e R$ 13,90 na maioria dos açougues da capital. A alcatra e o contra-filé são encontrados por até R$ 8,90.

Consumidor

O resultado é que o consumidor acaba comprando menos, sempre que o preço sobe. A estudante Simone da Silva Magalhães diz que o reajuste já está pesando no orçamento doméstico. “Quem tem renda baixa sofre muito os efeitos desses aumentos, que estão ficando abusivos”, afirma. Ela acredita que as justificativas para o reajuste não passam de desculpas e conta que reduziu o consumo em casa. “Procuramos alternativas à carne bovina durante a semana, como ovos e frangos”.

Para tentar reduzir os efeitos do aumento, o contabilista João de Deus Borges da Costa afirma que procura comprar em açougues que fazem promoções e adquire somente o necessário para poucos dias. O auxiliar administrativo Pedro Célio Porfilio conta que também está variando o cardápio na tentativa de consumir menos carne.”Não tem como ficar totalmente sem carne, por isso a saída é comer menos”, ressalta.