Mais uma importante conquista do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) acaba de ocorrer. O projeto, que busca aumentar o consumo de carne suína no Brasil em 2 kg per capita, estabeleceu uma parceria junto ao renomado Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, o qual tem servido carne suína para seus pacientes desde o ano passado.
Inicialmente, o hospital servia carne suína para seus pacientes 1 vez a cada 40 dias, totalizando 120 kg ao mês. Após diversas ações realizadas visando sensibilizar os hospitais e apresentar as características nutricionais da carne suína para o Diretor Médico do hospital, Dr. Rudah Jorge e o administrador Ilário De David, bem como vários encontros com as nutricionistas, os pacientes passaram a receber, em sua alimentação, duas vezes por semana a carne suína. Com isso, o hospital São Vicente de Paulo adquire 600 kg por mês de carne suína.
Os trabalhos nesse sentido iniciaram em 2010 quando foi realizada uma palestra para profissionais da área de saúde de Passo Fundo, com o especialista em gastrenterologia Dr. Arnaldo Ganc, seguido de um jantar à base de carne suína. Outra ação foi proporcionar às nutricionistas do hospital a oportunidade de conhecerem granjas produtoras de suínos, podendo, dessa maneira, conhecer as excelentes condições sanitárias e de bem-estar animal que os suínos são criados.
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Segundo Rodrigo Ramos Rizzo, Diretor Executivo do PNDS no Rio Grande do Sul, “é importante destacarmos que até bem pouco tempo atrás os outros hospitais da cidade não utilizavam a carne suína no cardápio de seus pacientes. Atualmente, estes hospitais servem mais de 100 kg nas refeições para seus pacientes” enfatiza.
Adilson dos Reis Bardemaker (foto), que foi internado no Hospital São Vicente de Paulo no dia 21 de junho e teve alta no dia 30 do mesmo mês, aprovou a ideia de comer carne suína no hospital. O paciente foi internado para realizar uma broncoscopia e se diz um apaixonado pela carne suína. “Lá na minha casa é a carne que mais consumimos. Adoro prepará-la, fazer vários pratos” afirma o policial militar.
Para Ilário De David, “a repercussão da campanha realizada pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), SEBRAE-RS e ABCS no Hospital São Vicente de Paulo foi muito grande e importante, pois movimentou toda uma equipe de nutricionistas (15 pessoas) e técnicos (45 pessoas) que trabalham na área de nutrição do hospital. Somado a isso, foram realizadas palestras para esses profissionais e, inclusive, visitas às granjas de suínos. Isso trouxe uma nova mentalidade sobre a utilização, uso e consumo maior da carne suína, possibilitando uma mudança significativa” enfatiza o administrador. Além disso, De David afirma que está sendo estudada também a possibilidade de incluir a carne suína diariamente nos refeitórios para que os colaboradores e médicos do hospital possam consumi-la.
Segundo Fernando Barros, consultor de marketing do PNDS “essa experiência que tivemos em Passo Fundo tem tudo para ser uma referência histórica para o desenvolvimento do mercado criado e visado pela campanha Um Novo Olhar Sobre a Carne Suína. As razões são várias. Cada uma delas de rara importância para a proposta de aumento do consumo do produto. Entre elas, pode-se destacar que essa noção de impacto positivo sobre a saúde terá uma enorme contribuição se conseguirmos dar o próximo passo: fazer uma cartilha da carne suína em ambiente hospitalar, projeto já com seus primeiros passos iniciados”, afirma.
Já para a Coordenadora do PNDS, Lívia Machado, “os resultados desse trabalho vem confirmar a saudabilidade da carne suína e reforçar a necessidade da quebra do preconceito existente sobre a inserção dessa proteína no cotidiano das refeições hospitalares. Além de oferecer um produto mais saudável aos pacientes, pode ser somada a essa opção a questão do melhor custo para os hospitais. Basta analisarmos o significativo aumento de consumo em quilos da carne suína nos hospitais de Passo Fundo para comprovarmos essa realidade”, destacou.
O Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura está sendo desenvolvido em 9 estados brasileiros e é realização da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, SEBRAE e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No Rio Grande do Sul o projeto está a cargo da Acsurs e SEBRAE-RS.
