O custo da bisteca suína também registrou alta de 12,9% desde junho, sendo que naquele mês custava, em média, R$ 4,80 na Capital, chegou ao preço de R$ 6,01 em setembro e, neste mês, custa em torno de R$ 5,42. A costeleta custava R$ 5,97 em junho e, hoje, é revendida em média por R$ 6,03. Apesar da estabilidade no custo do item, houve significativo aumento em setembro, quando o quilo chegou a ser vendido a R$ 6,17.
De acordo com o proprietário de duas casas de carnes em Campo Grande, Orestes Rocha Neto, a margem de lucro dos açougues é baixa nas comercializações da carne e os estabelecimentos ficam obrigados a repassar aos consumidores eventuais aumentos de preços anunciados pelos fornecedores do produto. Segundo ele, somente nos últimos 45 dias houve aumento de 7% nos preços da carne suína vendida aos açougueiros e supermercadistas da Capital, o que explica o aumento repassado aos consumidores. "As vendas de carne, em geral, não estão boas, uma vez que os preços aumentaram e os clientes substituem o produto por outros, ou compram menos", disse. Orestes conta que percebeu acréscimo na venda de ovos nos seus açougues e também redução na venda de carne, devido aos elevados preços.
Especificamente sobre a carne suína, ele explica que a comercialização não é tão expressiva e o item mais comercializado é a costeleta. Com a proximidade do Natal, no entanto, ele ressalta que as vendas de pernil devem se intensificar. "O aumento na demanda pelo produto também pode contribuir para novos aumentos no custo", disse.
Neste sábado, pesquisa realizada pelo Correio do Estado em alguns supermercados de Campo Grande chegou a encontrar o quilo da bisteca custando até R$ 6,39. A costela foi encontrada por até R$ 7,99, o que comprova nova alta nos preços em relação à primeira semana deste mês. "Acredito que os custos das carnes bovina e suína terão mais aumentos até dezembro", estimou Orestes, ao lembrar que a forte estiagem prejudicou a disponibilidade de boi gordo para abate, o que justifica a alta nos custos da carne. Já a carne suína deve ter reajustes em decorrência do crescimento na demanda pelo produto e do alto custo do milho.