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Mercado Interno

Carne suína no cardápio das escolas no RS

Iniciativa do deputado gaúcho Afonso Hamm vem ao encontro das necessidades de quem está na atividade e está encontrando dificuldades econômicas.

Carne suína no cardápio das escolas no RS

A proposta de inserir a carne suína no cardápio da merenda escolar foi bem recebida pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul. Para o presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, a iniciativa do deputado gaúcho Afonso Hamm, vem ao encontro das necessidades de quem está na atividade e está encontrando dificuldades econômicas. “Colocar a proteína na alimentação das crianças, que estão nas salas de aula significa a abertura de uma porta para nós que trabalhamos na produção suína no Estado, que é o segundo maior produtor e importador da carne”, disse Folador.

Mesmo satisfeito com o projeto, que tramita na Câmara Federal em Brasília, o presidente da associação faz algumas ponderações. “Precisamos tomar algumas medidas que possam ajudar o programa dar certo”, comenta.

De acordo com Folador, será necessário abrir alguns caminhos para que a iniciativa ganhe força dentro das escolas. Para ele, como a tendência é que o projeto tenha aprovação, já em 2013 os produtores de suínos terão que fazer um trabalho forte de convencimento, dentro das escolas, das qualidades da carne. O presidente lembra que as metas estabelecidas, em termos de consumo da carne suína no Brasil, estão sendo atingidas, inclusive antes do período estimado. Existia uma projeção de que no País no ano de 2015 o consumo per capita de carne suína seria de 15 quilos. A quantidade já foi atingida no ano passado.

“Precisamos olhar o consumo a longo prazo, para que possamos chegar nos números de países europeus, onde uma pessoa consume em média 50 quilos de carne suína por ano”, disse.

Como está havendo um crescimento considerável, e até antecipado, é possível que em três anos a média per capita anual de carne suína chegue nos 18 quilos. “Como somos persistentes vamos perseguir a meta até estarmos no patamar de consumo europeu”, completa Folador.

Ele explica que o produtor precisa entender que a lei apenas abrirá o caminho, ficando para quem está na atividade a obrigação de convencimento, junto às escolas, para que incluam no cardápio a carne que produzimos nas propriedades rurais. “Só a lei não colocará a carne na merenda escolar. Teremos que fazer a nossa parte”, concluiu.

O Rio Grande do Sul produz cerca de 600 mil toneladas de carne suína por ano. A atividade está em 10 mil propriedades rurais e é responsável pelo abate de 7 milhões de suínos por ano. Atualmente o preço pago ao produtor pelo quilo de suíno é de R$ 3,00. Conforme Folador, o valor cobre o custo de produção.