Fim de ano é época de alegria para muita gente, mas além das confraternizações de Natal e Revéillon, existe outra tradição que não vem trazendo muitos motivos para o consumidor comemorar: o aumento no preço da carne. Em 2011, não aconteceu diferente. A carne já está 20% mais cara e a previsão é de que os preços sigam estáveis até fevereiro do próximo ano.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Carnes de Fortaleza (SindiCarnes), Francisco Everton, o aumento já era esperado, porém em proporções menores. “Foi algo que realmente nos surpreendeu. As vendas não estavam muito boas e tínhamos a expectativa de um aumento entre 10% e 15%, o que é considerado normal nesta época do ano. Mas a demanda cresceu bastante neste últimos meses e fez os valores dispararem rapidamente”, explica.
O principal motivo para o aumento da carne no Brasil é o período de entressafra do boi, que acontece entre os meses de agosto a novembro. Durante essa época do ano, onde o abate cai consideravelmente e os produtores de gado se preparam para uma nova safra, o preço do bovino cresce e influencia diretamente na oferta das outras carnes. “Como no Brasil o consumo maior é de carne de boi, as oscilações dos preços deste produto costumam refletir nas demais, como frango e suína”, justifica Francisco Everton. Ainda de acordo com o presidente do SindiCarnes, a previsão é que os preços só voltem a cair no próximo ano. “Janeiro ainda é período de alta estação e a demanda deve continuar alta, mas em fevereiro, com o início da nova safra, os valores devem normalizar”, afirma.
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O valor da carne foi um dos temas do I Simpósio Sobre Qualidade de Carne Ovina e Caprina: Produção, Rendimento, Normas e Padrões de Qualidade.
O evento, que contou com palestras de pesquisadores e professores de todo o Brasil, aconteceu de quarta-feira até ontem, no Auditório do Banco do Nordeste (BNB).
