Redação (08/12/2008)- Faltando uma semana para a véspera de Natal, dia em que é preparada a tradicional ceia natalina, com os alimentos típicos da época, o movimento é intenso nos supermercados de Araçatuba. Mas os preços de alguns produtos podem assustar o consumidor. Segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados), a ceia de Natal deve ficar em média 18% mais cara em relação ao ano passado. Mas a alta não é igual em todos os produtos. As carnes são as grandes vilãs deste ano.
Um exemplo é o pernil suíno, que no ano passado era encontrado por, no máximo, R$ 7 o quilo. Este ano, nos supermercados de Araçatuba, o quilo chega a R$ 8,90, um aumento de 27,15%. As aves também tiveram aumento, que varia entre 8% e 14%.
Os preços apresentam grande variação de um supermercado para outro e também de acordo com a marca do produto. O quilo do peru custa entre R$ 8,60 e R$ 8,90. O preço da ave inteira, congelada, varia entre R$ 40 e R$ 50, dependendo da marca e do tamanho do peru. O quilo da ave festa (popularmente conhecida como chester) custa entre R$ 7,80 e R$ 8,60. Cada unidade custa em média R$ 40.
Para economizar, muitos consumidores optam pelo frango, mas nesse caso, também vão encontrar preços mais salgados. O quilo do frango congelado varia entre R$ 2,30 e R$ 3,00. Ainda segundo a Apas, o aumento acumulado do frango no ano foi de 50%.
A enfermeira aposentada Lucila Xavier foi ao supermercado para pesquisar os preços das aves para a ceia de Natal e constatou o aumento: "Está um pouco mais caro que o ano passado, mas mesmo assim eu vou levar", afirmou. Como Lucila, a maioria dos consumidores não pretende deixar os produtos nas prateleiras. A Apas calcula que as vendas de produtos típicos do Natal devem aumentar 10% em relação ao ano passado.
PESQUISA – Segundo o Procon, o consumidor que não quer desperdiçar dinheiro precisa gastar tempo. É necessário pesquisar. A variação nos preços de produtos da mesma marca, em diferentes supermercados, é grande. No caso das carnes, a diferença pode chegar a 70,55%; o preço das caixas de bombons, que também têm maior saída nesta época do ano, varia até 53,49%, e as frutas em caldas variam 41,40%. A pesquisa foi realizada em estabelecimentos da Grande São Paulo. O levantamento não foi feito nas cidades do Interior, mas o Procon afirma que a mesma tendência se repete em todos os municípios do Estado.
No caso dos panetones e chocotones, a diferença de preços de produtos da mesma marca é ainda maior, chega a 112,87%. Em relação ao ano passado, os panetones estão em média 6% mais caros, em conseqüência do aumento da farinha de trigo.
IMPORTADOS – Pelo menos um tipo de produto natalino está mais barato este ano: são as frutas secas, nozes e outros produtos importados, como os vinhos. Os preços em relação ao ano passado estão 15% mais em conta. A redução é reflexo da queda do dólar.
Para tentar economizar sem prejudicar a qualidade e a variedade da ceia, o funcionário público Luís Serrano elaborou uma estratégia: vai reunir os parentes em casa, mas cada um deve levar um prato pronto. "Assim todos colaboram e não fica pesado para o bolso de ninguém", resume.