Redação (16/04/07) – O trabalho vai ser coordenado pelo IBGE. Mais de 80 mil recenseadores vão percorrer, até agosto, as propriedades rurais para atualizar as informações sobre os aspectos econômicos, sociais e ambientais da atividade.
Nos últimos anos a família do agricultor Antônio Felipe cresceu, mas a renda não acompanhou. Por isso ele abandonou o algodão e investiu na laranja. Tem 5.200 pés e esperança de voltar a lucrar. “Esperamos que a laranja dê algum resultado e vamos ver o que acontece”, diz ele.
O IBGE quer saber o que mudou na produção agrícola de todo o país desde 1996, quando o último censo foi realizado. A visita dos recenseadores a cada propriedade deve durar mais de uma hora. São dezenas de perguntas que vão ajudar a traçar o perfil do homem do campo.
Entre as novidades estão questões sobre a destinação de embalagens de agrotóxicos, utilização de sementes transgênicas e produção orgânica.
O IBGE pretende descobrir quais são os gastos e os lucros em diferentes tipos de propriedades, sejam pequenas ou grandes. Ao todo 5,6 milhões de estabelecimentos agrícolas vão fazer parte do estudo. Oitenta e seis mil pessoas foram contratadas e, pela primeira vez, vão trabalhar com um computador de mão para agilizar a análise dos dados. “Estamos com grande expectativa. Estamos preparados, fizemos um curso, estamos já aptos para fazer o recenseamento”, garante o recenseador Nicolau Agostinho.
“O recenseador terá de estar usando o colete do censo, o crachá identificado com sua foto no bolso, um computador de mão na mão e no bolso, um mapa do setor onde ele trabalhará, junto com o manual do recenseador”, descreve a coordenadora do IBGE Paula Meyer.
Junto com o censo agropecuário também vai ser feita a contagem da população nos municípios com até 170 mil habitantes. A coleta de dados do censo vai até agosto. Os primeiros resultados estarão disponíveis em outubro.